Torres Vedras

Agenda

Orquestra da Toscana

Até 8 de outubro 2020 | 20h00

Música Orquestra da Toscana

Evento já ocorrido

Local: Teatro Verdi, Florença

As cores e atmosferas italianas inspiraram compositores desde sempre. Felix Mendelssohn, encantado com o país transalpino, começou a escrever a sua quarta Sinfonia, Italiana, como resposta a uma encomenda da London Philharmonic Society, imbuído das paisagens de Florença, Milão, Roma ou Nápoles.

A peça para piano concertante Todo o Teatro é um muro branco de música que nos remete para o poema de Fernando Pessoa, conduz-nos à forma suprema de teatro que é a ópera, com uma seleção de árias de Mozart, italianas como a pátria da ópera, interpretadas pela soprano portuguesa mais internacional da sua geração, Ana Quintans, com a Orquestra da Toscana (Florença, Itália) na sua primeira visita a Portugal.



Felix Mendelssohn Bartholdy (1809 – 1847)
Sinfonia Nº 4, em Lá Maior, op. 90, Italiana
I. Allegro vivace (A major)

II. Andante con moto (D minor)
III. Con moto moderato (A major)
IV. Presto and Finale: Saltarello (A minor)

 

W. A. Mozart (1756 – 1791)
Vedrai carino
(Don Giovanni) Zerlina

Una donna a quindici anni
(Cosi fan tutte) Despina


N. Côrte-Real (n. 1971)
Todo o teatro é um muro branco de música, op. 45

 

W. A. Mozart (1756 – 1791)
Lo perduta me meschina
(Le nozze di Fìgaro) Barbarina

Ach, ich fühls
(Die Zauberflöte) Pamina

Venite inginocchiatevi
(Le nozze di Figaro) Susanna



Soprano: Ana Quintans
Direção musical: Nuno Côrte-Real
Orquestra da Toscana 


*Programa sem intervalo


Atividade Gratuita


"A Música fala por si – mas será que ainda nos diz alguma coisa? É inegável que, na atualidade, a vida musical vive uma vida anacrónica, concentrada nos repertórios do passado e nas mesmas obras que são tocadas repetidamente. Essa existência extemporânea, desfasada da realidade atual, converteu o espetáculo musical numa experiência museológica. Mas, e a música de hoje? E os compositores vivos? Há uma desproporção gritante entre a ínfima quantidade de obras modernas programadas e a abundância de obras canónicas eternamente repisadas. Imagine-se uma vida literária em que continuássemos obsessivamente a editar e ler Balzac, Camilo ou Victor Hugo, e desprezássemos o António Lobo Antunes, a Hélia Correia, o José Luís Peixoto!

Posto isto, gostava de deixar aqui um alerta para a necessidade urgente da música da tradição clássica se reinventar e se aproximar do espírito universal e eclético que hoje nos define. Filha de Mnemosine, a música é a arte do tempo por excelência, e exprime exemplarmente o tempo da memória e da nostalgia humana, mas para nós que estamos vivos, o tempo conjuga-se no presente. Não no passado, nem no futuro, mas no presente. Os devaneios futuristas de Wagner ou as quimeras proféticas de Schoenberg, não passam disso mesmo, utopias, mas na realidade refletem as aspirações do espírito progressista que definia a sua época e a sua atualidade. Sejamos também nós atuais, sejamos modernos e reinventemos um presente à nossa imagem. Quando olhamos para o passado vemos que a música deu provas de uma constante renovação, soube acompanhar o devir das sociedades e participar na construção do real. Dos tempos revolucionários de Beethoven, ao decadentismo fin de siècle da época de Debussy, a música foi efetivamente uma arte do presente e soube construir a sua própria contemporaneidade.

A programação da Temporada Darcos 2020 reflete o nosso modesto contributo para des-ritualizar e revitalizar a vida musical, através do cruzamento de géneros, das fusões e da renúncia ao complexo de austeridade (ou antes, complexo de complexidade) que afetou negativamente a arte musical a partir de meados do século XX. Esta edição atravessará fronteiras – Hungria, Inglaterra e Itália – e incluirá uma série de concertos com grupos e solistas tão prestigiados como o Ensemble Darcos, a Orquestra da Ópera Estatal da Hungria, a Orquestra da Toscana, Ana Quintans, Sérgio Azevedo ou Maria João, entre muitos outros. O meu desejo é que esta década que agora começa nos possa trazer novos ventos e transformar a música atual num «novo classicismo», um classicismo irreverente, um classicismo Pop, um fenómeno fresco e sedutor que possa reanimar a vida musical e, quem sabe, lançar a semente do futuro." Nuno Côrte-Real, diretor artístico



Direção Artística: Nuno Côrte-Real
Consultor: Afonso Miranda
Textos: Susana Duarte
Produção Executiva: Sofia Teixeira
Assistente de Produção: Ricardo Ventura
Coordenação de Projetos: Manuel Lima
Relações Públicas e Assessoria de Imprensa: Débora Pereira
Contabilidade: Luís Silvestre
Imagem gráfica: Olga Moreira (a partir de fotografias de Jorge Carmona)
Comunicação e Imagem: Câmara Municipal de Torres Vedras



Organização
Câmara Municipal de Torres Vedras | Teatro-Cine de Torres Vedras | Temporada Darcos

Estrutura financiada por
Ministério da Cultura | DGArtes

Apoio Institucional
Câmara Municipal de Lisboa | Câmara Municipal de Alenquer | Camões - Instituto da Cooperação e da Língua

Parceiros
CCB | ISEG - Instituto Superior de Economia e Gestão da Universidade de Lisboa | Museu do Dinheiro

Apoio à Divulgação
Antena 2 | Turismo de Lisboa | Turismo Centro Portugal 

Hotel Oficial
Hotel Golf Mar 

Apoio
Oeste Portugal | Dolce CampoReal Lisboa

Última atualização: 30.09.2020 - 16:36 horas
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