Torres Vedras

Palácio de Maria Francisca Benedita

01.07.2019

Destino… Runa. Hoje vamos visitar o Palácio da Princesa D. Maria Francisca Benedita, um edifício enigmático que capta a atenção de quem, por este caminho, passa.

Enquanto nos aproximamos, comentamos como é surpreendente a construção de tão majestoso edifício num lugar tão recatado e, à época, tão distante da vila!

 

Somos recebidos e encaminhados para a entrada principal onde a anfitriã espera a nossa chegada, acompanhada de esculturas em mármore de Carrara.

Começamos a visita pela igreja onde se destaca um singular altar e um lampadário em prata suspenso sobre nós.

A luz, que penetra a cúpula, realça os mármores policromados e destaca as esculturas que enlaçam o altar.

 

Seguimos a luz até à sua origem e, ao centro, somos observados pelo “olho que tudo vê”.

Subimos a escadaria e, no topo, duas estreitas janelas emolduram o vale onde nos encontramos. Na primeira sala somos recebidos pela princesa anfitriã, representada num quadro que terá sido mandado pintar pela própria. No mesmo espaço convivem pinturas de diferentes séculos destacando-se autores como Gregório Lopes (Primitivo Português) e Vieira Lusitano.

De sala em sala, eis que encontramos a prata da casa, uma valiosa custódia setecentista, cravejada com diamantes, esmeraldas, topázios amarelos, ametistas roxas e águas-marinhas, um dos ex-libris da coleção do palácio.

 

Seguimos visita e paramos junto ao órgão de tubos, em estilo barroco, proveniente do Convento de Penafirme.

Visitamos, em seguida, uma sucessão de salas dos aposentos da princesa que nos permite recuar e viajar no tempo, dando asas à nossa imaginação!

 

Curiosidades 

Edifício de planta retangular, com 99 metros de frente, 61 nos alçados laterais e de 13 de altura na fachada. Constituído por 4 quatro alas de edifício comportando trezentas divisões e a igreja, que ocupa o centro da fachada principal.

A Custódia, da autoria do ourives João Paulo da Silva, demorou três anos a ser construída

O projeto esteve a cargo do arquiteto José da Costa e Silva, tendo-se iniciado as obras do edifício em 18 de junho de 1792. Contou com a participação de mais de 300 trabalhadores de todas as classes sociais.

 

Marcação de visitas

Tel.: 261 330 073

E-mail: casruna.museu@iasfa.pt



Marta Fortuna

Última atualização: 25.09.2019 - 18:11 horas
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