Torres Vedras

Susana Livro

23.05.2019

A Oeste Infantil é uma grande festa onde os mais pequenos podem brincar, num mundo totalmente criado à sua medida.

No ano em que a Oeste Infantil celebra 30 edições, a comunidade educativa partilhou a sua visão sobre a Grande Festa da Criança. 

Nesta entrevista falamos com Susana Livro, coordenadora pedagógica da Creche do Povo.

Como é que um educador vive a Oeste Infantil?

Um educador acaba por viver muito intensamente a Oeste Infantil, até porque não deixa de ser um momento que marca os meninos que passam pela instituição. Nós normalmente trabalhamos o tema, envolvemo-los no nosso tema e eles são parte integrante da construção do stand da Oeste Infantil. E não há como não viver, com eles, em conjunto, o envolvimento da preparação para todo o evento.

 

Qual é o impacto da Oeste Infantil na comunidade escolar?

Muito grande. Os pais, os meninos, os educadores… Eles gostam de ir connosco em grupo, a nível de instituição. Gostam de ir com os pais, nós percebemos que isso tem influência e é importante que exista. A nível de impacto, percebemos também que pais de meninos que são de Torres Vedras têm como marco a Oeste Infantil. Eles próprios referem que no “tempo dos filhos” também iam à Oeste Infantil e que gostam que continue a existir esse evento.

 

Este tipo de eventos tem impacto no crescimento e desenvolvimento das crianças?

Sem dúvida alguma. Eles acabam por sentir a Oeste Infantil e conseguem ter experiências no próprio evento, nos próprios stands, que de outra forma possivelmente não conseguiriam ter. E acaba por ser importante e acho que isso tem um impacto significativo neles, sem dúvida alguma.

 

Como começou o seu envolvimento com a Oeste Infantil?

Como educadora, começou no primeiro ano que vim para a creche. Estou há 17 anos na Creche do Povo e desde o primeiro ano que vim para cá - vim para uma sala de três anos -, fui logo envolvida em participar com as minhas colegas na organização do evento. Incluir os meninos na preparação do evento, fazer parte dos dias no decorrer do evento, no próprio local. Desde o primeiro ano, desde 2002/2003, que estou envolvida na Oeste Infantil.

Tive, entretanto, um convite, por parte da Câmara Municipal, para fazer parte da organização, em conjunto com outros membros da própria Câmara Municipal. E realmente acabamos por ter uma perspetiva completamente diferente do que é organizar um evento desta dimensão. É muito bom, é muito significativo e temos grandes aprendizagens com isso também.

 

Como vê a evolução da Oeste Infantil ao longo destes anos?

Tem tido um grande desenvolvimento. Até porque a Oeste Infantil este ano vai voltar a ser o que foi há uns anos atrás, antigamente era nos mesmos moldes que vai ser este ano. É positivo no sentido em que um tema único faz com que possamos trabalhar mais especificamente aquele tema e desenvolvê-lo. Voltar ao que era antigamente, realmente, acho que é assim qualquer coisa de extraordinário e acho que é bem mais positivo para os meninos, porque acabam por poder ter experiências que não têm só com um tema. Acho que foi um bom regresso, realmente, nestes 30 anos da Oeste Infantil fazer com que voltássemos àquilo que era na altura.

 

De que forma a Creche do Povo participa na Oeste Infantil?

Participamos dentro dos temas que são sugeridos. Participamos sempre da melhor forma que conseguimos. Tentamos puxar um bocadinho o que está relacionado com o nosso tema, com o nosso projeto educativo, com o nosso projeto pedagógico, para haver uma continuidade dentro do possível. Levar um bocadinho daquilo que somos nós, Creche do Povo. Ao fim ao cabo, dar um bocadinho a “fotografia” do que é a Creche do Povo na Oeste Infantil. Porque achamos também que isso é importante. Porque é a nossa representação que ali está, é a nossa forma de trabalhar e tentamos sempre passar para lá aquilo que nós somos enquanto instituição.

 

Em que altura do ano letivo começam a preparar a vossa participação?

Depois do Carnaval começamos a falar da Oeste Infantil, até porque surgem as reuniões e tudo isto é necessário trabalhar e preparar com alguma antecedência. Porque nós, enquanto educadores, estamos em sala e temos todo o trabalho a desenvolver com os meninos. É uma logística que não deixa de ser difícil, porque as próprias pessoas têm de dar do seu tempo para que as coisas aconteçam.

 

O que pode contar sobre a vossa participação na edição deste ano?

Este ano vamos fazer uma discoteca. Na nossa festa do Dia Mundial da Criança também vamos ter [a discoteca da Oeste Infantil]. Como estava a falar há pouco, fazemos sempre com que haja um fio condutor daquilo que estamos a trabalhar a nível da instituição e levamos um bocadinho para lá também. Achamos que é um lugar que os meninos acabam por gostar e que dá para todas as idades.

 

Como vê a Oeste Infantil no futuro?

Eu espero que continue e que todas as instituições se empenhem, se atualizem. Sabemos que é um esforço muito grande. Só com empenho mesmo, mesmo, muito grande. Porque requer criatividade e temos que a ter para que continue a poder existir. Tem mesmo que haver aqui evolução para conseguirmos dar continuidade à Oeste Infantil e para que os meninos, quando lá estão, sintam que realmente é importante e que para eles é significativo.

Última atualização: 29.05.2019 - 14:37 horas
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