Foi com entusiasmo que as famílias do concelho de Torres Vedras prepararam a entrada no letivo 2022/2023. Depois de dois anos marcados pela pandemia de COVID-19, o regresso era aguardado por todos, especialmente para que crianças e jovens pudessem voltar a viver a escola de forma tranquila, saudável e feliz.

No início de setembro, centenas de auxiliares e docentes do 1.º ciclo do Ensino Básico participaram em atividades de formação. Um dos destaques foi a iniciativa “Conversas sobre Educação”, que contou com a participação de Carlos Neto. O professor Catedrático da Faculdade de Motricidade Humana da Universidade de Lisboa centrou-se na importância de promover a aprendizagem fora da sala de aula, valorizando o exterior como espaço privilegiado de brincadeira e de aprendizagem para a vida.

Já ao entrar no novo ano letivo, a comunidade escolar encontrou várias novidades. O ano letivo passou a estar dividido em dois semestres, ao invés dos habituais três períodos. Este novo modelo de organização tem como objetivo adotar métodos pedagógicos adaptados às necessidades de crianças e jovens, permitindo a alunos e professores um ano letivo mais focado no processo formativo e menos centrado nos resultados da avaliação sumativa.

Esta mudança poderá ser sentida através de pequenas alterações ao calendário escolar. Em colaboração com toda a comunidade educativa e com as juntas de freguesia do Concelho, o Município de Torres Vedras irá procurar responder às necessidades sentidas pelas famílias e pelas escolas em virtude destes novos desafios.

A adoção deste modelo de organização semestral resultou de uma decisão unânime de todos os agrupamentos de escolas do Concelho e do Externato de Penafirme.

"A organização do ano letivo" foi, inclusivamente, o tema do jantar-tertúlia que decorreu a 4 de outubro no átrio do Edifício Multisserviços da Câmara Municipal. A iniciativa contou com a participação de Ariana Cosme, professora da Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade do Porto com experiência na inovação das práticas pedagógicas e no acompanhamento de situações-piloto de semestralização.

Ainda no que toca a este ano letivo. os encarregados de educação podem, agora, pagar os serviços escolares através de uma única plataforma digital. Marcar refeições e carregar a verba necessária para pagar serviços são algumas das funcionalidades da plataforma, que resulta da reformulação do sistema de gestão dos serviços prestados pelo Município.

Um ano letivo repleto de novidades que pretendem melhorar as condições de aprendizagem e ensino, num território que conta, diariamente, com o empenho de toda a comunidade educativa.

Rita Santos