Azenha de Santa Cruz
28.07.2022
Desconhece-se a data de construção da Azenha de Santa Cruz, mas é provável que tenha sido erguida entre as últimas décadas do século XV e as primeiras do século XVI. Em 1539 e 1569, já fazia parte dos registos do património da Igreja de São Miguel.
Em finais do século XVII, o edifício contava com três rodas, o que permitia um melhor aproveitamento das águas e consequente rentabilização da atividade moendeira. Nos séculos seguintes, a Azenha e as suas dependências foram alargadas. No início do século XX, o Casal da Azenha, como era então designado, abrangia habitações, duas moendas, o Pisão, o açude, a levada de água, a abegoaria, o palheiro, a pocilga e adega, o moinho de vento, vinhas, terras, matos, pousios e areais.
Com a Implantação da República, em 1910, a Azenha passou a propriedade do Estado e foi posta à venda em hasta pública. Manteve-se a atividade moendeira, que alternava com o aluguer de aposentos durante a época balnear, até ao abandono total em 1960.
Após ter sido classificado como Imóvel de Interesse Público, em 1997, o edifício foi doado à Câmara Municipal de Torres Vedras, em 1999.
Em 2004, a Câmara Municipal de Torres Vedras realizou uma intervenção histórica e arqueológica, após a qual se seguiram obras de reabilitação. O espaço reabriu ao público como Posto de Turismo e Centro de Interpretação em 2009, mantendo a moagem em funcionamento.
Em 2022, o interior do edifício foi requalificado e apresenta uma nova exposição que dá a conhecer a história da Azenha de Santa Cruz.
Legenda das fotografias:
Fotografia 1 - Azenha de Santa Cruz no princípio do século XX, com a desaparecida abegoaria. Fonte: Arquivo particular
Fotografia 2 - Azenha de Santa Cruz na atualidade