Torres Vedras conta com um edifício-modelo a nível nacional na área da construção sustentável e da educação para a sustentabilidade.

Trata-se do edifício do Centro de Educação Ambiental, situado no Parque Verde da Várzea, que foi inaugurado no dia 20 de setembro.

Recorde-se que o Centro de Educação Ambiental funcionava provisoriamente no edifício do Centro de Apoio ao Empresário, depois de ter iniciado a sua atividade em 2004 num espaço contíguo ao restaurante Saborear, localizado também no referido parque urbano. Concebido para ser um espaço para toda a população, o edifício deste centro está no entanto especialmente vocacionado para acolher a comunidade escolar, até porque esse serviço pedagógico municipal dinamiza anualmente um conjunto de atividades que contam com cerca de 15 mil participações, na sua grande maioria de alunos.

O edifício do Centro de Educação Ambiental é constituído por uma sala de atividades, um laboratório, espaços exteriores que complementam as atividades realizadas no seu interior, espaços expositivos (átrio e corredor) que contam com material didático interativo, espaços para apresentações/palestras, um bar e áreas de apoio. De referir também que a sua zona de entrada está embelezada com uma escultura de João Castro Silva.

De realçar que este edifício conta com um conjunto de mais valias em termos de sustentabilidade ambiental: a melhoria das suas condições térmicas mediante a utilização da ventilação natural cruzada, a existência de uma cobertura ajardinada isoladora no teto e o aproveitamento da temperatura constante da terra por meio de um sistema de geotermia e o enterramento do tardoz; ao nível da iluminação, procurou-se aproveitar da melhor forma a natural, tendo o posicionamento das aberturas sido definido em relação à orientação solar, bem como a posição dos dispositivos de sombreamento e proteção solar, no intuito de se promover um bom desempenho energético; aproveitamento da energia solar por meio de painéis solares térmicos para aquecimento de águas e de painéis fotovoltaicos para produção de energia elétrica, o que neste último caso acontece também com um sistema eólico instalado; sistema de recuperação e reutilização de “águas cinzentas” e de águas da chuva; a existência de materiais recicláveis e de origem sustentável, bem como a construção segundo diretivas sustentáveis.

De salientar também que o projeto do edifício do Centro de Educação Ambiental é o primeiro no concelho a ter uma certificação ao nível da construção sustentável, segundo o Sistema Líder A (estando classificado na Classe A+).

O valor da obra (incluindo projeto, construção e equipamentos interativos) ascendeu a 1.330.500 euros (financiada em 70% pelo Programa Operacional de Valorização do Território no âmbito do Quadro de Referência Estratégico Nacional). Já o valor do mobiliário do edifício, cujo custo foi suportado unicamente pela Câmara Municipal, foi de 35.856 euros.

De referir, ainda, que a construção do edifício do Centro de Educação Ambiental está relacionada com o GreenMed (um projeto internacional em que a Câmara Municipal participou na área das compras públicas sustentáveis) e a Rede Ecos (uma entidade nacional de apoio a atividades no domínio da energia e construção sustentáveis da qual o Município faz parte).