Caminhar com São Gonçalo, de Lagos a Torres Vedras é a exposição biográfica e iconográfica inaugurada no Museu Municipal Leonel Trindade no passado dia 29 de outubro. A mostra assume-se como um dos elementos centrais das comemorações dos 600 anos da morte de São Gonçalo de Lagos, que unem as câmaras municipais de Torres Vedras e de Lagos em torno de um programa comum.

Na inauguração da exposição, a presidente da Câmara Municipal de Torres Vedras, Laura Rodrigues, recordou que as paróquias de Torres Vedras deram início ao Ano Jubilar por ocasião dos 600 anos da morte do seu padroeiro em 2021, momento em que “Dom Manuel Clemente, cardeal patriarca de Lisboa, decretou a Igreja de Nossa Senhora da Graça como templo jubilar.”

Recorde-se que o Beato Frei Gonçalo de Lagos foi prior do Convento de Nossa Senhora da Graça de Torres Vedras entre 1412 e a data da sua morte, em 1422.

Laura Rodrigues destacou a importância de “transmitir esta informação aos mais jovens, esta memória da nossa cultura e do nosso património”, explicando que a mostra irá passar pelas escolas do Concelho. Os retratos, a vida, os milagres e os prodígios de São Gonçalo são alguns dos temas abordados na exposição, que estará patente até 28 de maio de 2023.

“Culto e Hagiografia de São Gonçalo de Lagos” foi o tema da conferência que decorreu no mesmo dia e que teve como convidado Jorge Gonçalves Guimarães. O ciclo de conferências continuou com Fernando António Batista Pereira e o tema “Uma Pintura Renascentista inédita de S. Gonçalo de Lagos e o seu enquadramento na iconografia do Santo”, numa sessão que decorreu este sábado, 5 de novembro.

O programa das comemorações dos 600 anos da morte de São Gonçalo de Lagos contempla outras três conferências, oficinas infantojuvenis e a apresentação das obras São Gonçalo, de Lagos a Torres Vedras e Narrativas hagiográficas de S. Gonçalo de Lagos.

Como habitualmente, as Festas de Torres Vedras tiveram início a 27 de outubro, dia de São Gonçalo de Lagos, com uma missa em honra do padroeiro da Cidade. O Beato Frei Gonçalo de Lagos foi Eremita de Santo Agostinho e está na origem de um importante culto popular, particularmente vivido em Torres Vedras e em Lagos. Ao longo da sua vida, destacou-se enquanto pregador, pedagogo e compositor, fazendo, ainda, trabalhos de iluminura.