No âmbito da possibilidade de encerramento das Urgências médico-cirúrgicas do Centro Hospitalar de Torres Vedras, foi enviada a seguinte carta ao primeiro-ministro de Portugal, Pedro Passos Coelho, ao ministro da saúde, Paulo Macedo, ao secretário de estado adjunto do ministro da saúde, Fernando Leal da Costa, ao presidente da ARS LVT, Luís Cunha Ribeiro, ao presidente conselho de administração do Centro Hospitalar de Torres Vedras, José Gonçalves André, aos deputados da Comissão de Saúde da Assembleia da República, ao executivo da Câmara Municipal de Torres Vedras, aos membros da Assembleia Municipal de Torres Vedras e ao Diretor Geral da Oeste CIM:

Somos a informar que no pretérito mês de Abril, os Bombeiros Voluntários de Torres Vedras foram chamados a intervir em 485 situações de urgência médica.

Só no mês de Abril de 2012, no transporte destas pessoas às urgências médico-cirúrgicas do Hospital de Torres Vedras, morreram 9 (nove) pessoas antes de serem devidamente assistidas.

Voltamos a questionar se a urgência médico-cirúrgica for transferida para o Hospital das Caldas da Rainha e, com isso, mediar mais 40 km e mais 40 minutos até que as pessoas em situação de urgência possam ter a assistência médica devida, quantas mais pessoas irão morrer?

Mais de nove, certamente.

Quem será responsabilizado?

A ARS-LVT? O Presidente do Conselho Diretivo da ARS-LVT? O Ministério da Saúde? O Ministro da Saúde? O Secretário de Estado Adjunto do Ministro da Saúde? O Primeiro-ministro?

Esperamos que a ausência de resposta a estas questões signifique ou corresponda à manutenção da urgência médico cirúrgica no Centro Hospitalar de Torres Vedras.

Com os melhores cumprimentos,

Carlos Manuel Soares Miguel

Presidente da Câmara Municipal de Torres Vedras