A preocupação do Município de Torres Vedras com o Centro Histórico da Cidade remonta aos anos de 1980, tendo permitido a classificação desta área como Área de Reabilitação Urbana, o que possibilita um conjunto alargado de benefícios, incentivos e penalizações fiscais. O Centro Histórico possui um instrumento de gestão territorial em vigor, designado por Plano de Pormenor de Reabilitação do Centro Histórico de Torres Vedras, que estabelece regras urbanísticas para o edificado.
A reabilitação do Centro Histórico de Torres Vedras assenta na promoção de um processo dirigido para e pelos cidadãos; possui um sistema de gestão urbana baseado numa prática de desenho e de resposta em tempo real aos problemas e oportunidades; contém uma estratégia harmoniosa de conservação e restauro; e apoia, preferencialmente, obras de impacto mínimo na vida dos residentes em termos económicos e psicológicos.
A ARU do Centro Histórico e a respetiva Operação de Regeneração Urbana (ORU) foram publicadas em 2013, através do Aviso n.º 9313/2013, de 19 de julho. Mais tarde, em 2014, a área foi objeto de redelimitação, de forma a abranger as margens do Rio Sizandro e a zona verde do Choupal, tendo a alteração da ARU sido publicada a 10 de abril, através do Aviso n,º 293/2014, e a alteração da ORU a 8 de outubro, através do Edital n.º 907/2014.
A ARU do Centro Histórico de Torres Vedras tem cerca de 26 hectares de área, sendo delimitada pelas seguintes ruas e largos:
Segundo os Censos 2011, esta ARU conta com 1.010 residentes e 476 famílias, que se dividem entre 388 edifícios e 777 alojamentos. Apesar dos problemas de sustentação e desenvolvimento das suas estruturas físicas e sociais, esta área poderá afirmar-se como polo estruturante da Cidade.
O Município de Torres Vedras tem desenvolvido intervenções de fundo com o objetivo de criar uma nova centralidade urbana. O programa Torres ao Centro – Regeneração Urbana no Centro Histórico de Torres Vedras teve início em 2009, com a implementação de 15 projetos que pretendiam transformar aquela zona num espaço de referência, altamente qualificado e atrativo.
Assim, além de reabilitar os edifícios degradados e funcionalmente desadequados, a reabilitação urbana pretende travar o abandono e o declínio demográfico desta área, tornando o seu uso habitacional atrativo, assim como apoiar a viabilidade e diversificação do seu uso económico.