O Dia Internacional dos Arquivos, instituído pelo Conselho Internacional dos Arquivos desde 2007, foi pela segunda vez celebrado pela Câmara Municipal.

Tal aconteceu no dia 11 de junho, com uma atividade que se iniciou na manhã desse dia com uma visita guiada às instalações do Arquivo Municipal, o que foi seguido de uma mostra documental. Posteriormente, ainda de manhã, foi proporcionada a uma turma do primeiro ano de escolaridade da Escola João de Deus uma ação sobre suportes de escrita antiga, em que as crianças participantes aprenderam, por exemplo, a escrever com uma pena e com uma máquina datilográfica.

Ao início da tarde, a responsável do Arquivo Municipal, Paula Silva, também neste espaço, efetuou uma apresentação sobre o Arquivo e as funções dos arquivistas, nomeadamente no que diz respeito à organização, descrição, normalização, avaliação, preservação e comunicação da documentação. Um dos aspetos referidos na ocasião foi o de que o Arquivo, além de ser uma prova de direitos e deveres, que atesta as ações administrativas, passou a partir da Revolução Francesa a ser também uma forma de conhecer e compreender o passado. Assim, o Arquivo não é um mero “depósito de documentos velhos”, mas sim uma fonte de prova, de identidade, guardião da memória, gestor das informações. Refira-se, a título de curiosidade, que o Arquivo Municipal conta com documentos datados de desde o século XIV.

Partindo do facto de que os arquivos não servem apenas à administração pública, mas também à administração privada, ao indivíduo e à comunidade, foi apresentada a base de dados de documentação definitiva AtoM – Access to Memory, na qual já foram integrados cerca de 13.900 registos do Arquivo Municipal, e que será disponibilizada online em breve.

A atividade, em que participaram 55 pessoas, terminou com uma comunicação, apresentada pelo especialista em Ciências da Documentação e Informação, Rafael António, sobre "A Transformação Digital nos Arquivos".