O Município encontra-se, este ano, a atualizar o Plano Local para a Integração das Comunidades Ciganas (PLICC) e o Diagnóstico que suporta este plano. Esta atualização pretende determinar, com proximidade e atualidade, quais as necessidades, os problemas e os principais desafios de inclusão que as comunidades ciganas torrienses experienciam, dando mote a uma estratégia de intervenção.

Recorde-se que o PLICC se concretiza pela implementação de medidas e ações transversais, a curto, médio e longo prazo, elaboradas com base nos princípios do trabalho em rede e da interdisciplinaridade. Para cada ano civil é elaborado um plano de ação decorrente do PLICC, cuja execução é devidamente monitorizada por um conjunto de parceiros locais.

Com o objetivo de recolher contributos que serão num futuro próximo de utilidade para a atualização daquele diagnóstico e, consequentemente, do PLICC, realizou-se, no passado dia 20 de outubro, no Edifício Multisserviços da Câmara Municipal, uma reunião para auscultação do Grupo Ativo Comunitário. Este grupo está em funcionamento desde 2015 e é composto por cidadãos ciganos residentes em Torres Vedras, homens e mulheres, que se têm vindo a envolver progressivamente no processo democrático do Município, no intuito de assegurar a equidade da mediação entre as comunidades ciganas locais e as instituições públicas.

Nesta reunião, que contou com 12 participantes, incluindo dois trabalhadores da Câmara Municipal, também eles ciganos, que foram fundamentais na mobilização de elementos para a sua realização, os presentes foram convidados a refletir e a partilhar as experiências que tiveram maior impacto junto das suas comunidades, relacionadas nomeadamente com aspetos significativos e estruturantes relativos à sua integração social. As atividades culturais, pela sua atratividade, e o acesso ao mercado de arrendamento, pela complexidade e dificuldade associadas, foram as áreas mais referenciadas para investimento futuro.