Presença de vespa asiática no concelho de Torres Vedras
27.08.2019
Foi verificada, esta segunda-feira, a presença da vespa velutina (asiática) no concelho de Torres Vedras, tendo sido identificado e localizado um ninho desta espécie. A identificação decorreu na sequência de um alerta feito por um munícipe residente na localidade de Ameal, que detetou o ninho num alpendre do seu quintal.
Tendo em conta que já tinham sido avistados vários exemplares desta espécie, ao longo dos últimos dias, na localidade de Boavista, Freguesia de Silveira, e em Ermegeira, União de Freguesias de Maxial e Monte Redondo, o Serviço Municipal de Proteção Civil, o Gabinete Técnico Florestal e o Núcleo de Proteção Ambiental do Destacamento Territorial da GNR de Torres Vedras deslocaram-se ao local, tendo validado a identificação da espécie.
Foram tomadas as diligências previstas no Plano de Ação para a Vigilância e Controlo da Vespa Velutina para mitigação do problema com a maior brevidade possível, tendo sido contactada uma empresa especializada que procedeu à eliminação e neutralização do ninho no dia em que foi detetado.
Sublinhe-se que a vespa asiática é considerada uma espécie invasora que apresenta vários efeitos negativos no ambiente e na biodiversidade devido à forte predação de abelhas e de outros insetos polinizadores. Esta vespa é facilmente diferenciada das demais europeias (à exceção da vespa crabro ou europeia), que são mais pequenas.
Trata-se de uma vespa de grandes dimensões, com cabeça preta e face laranja, amarelada. O corpo é castanho-escuro ou preto, aveludado, delimitado por uma faixa fina amarela e com um único segmento abdominal amarelado-alaranjado na face dorsal. As asas são escuras e as patas castanhas com as extremidades amarelas. O tamanho varia entre os 2,5 e os 3 cm, sendo, contudo, uma das maiores espécies de vespas. A rainha pode ter até 3,5 cm.
Procedimento de atuação
À semelhança do que acontece com as picadas de outras vespas e abelhas, quando perturbada, esta espécie também poderá representar um risco para as pessoas, devido à sua picada.
Sempre que seja identificado um ninho de vespa asiática, não interfira com o mesmo e contacte de imediato o Serviço Municipal de Proteção Civil (261 320 764) ou a linha SOS Ambiente (808 200 520), comunicando a sua localização.
Quando ocorre uma destruição de ninho em condições deficientes, e mesmo no caso da morte da vespa fundadora, as obreiras irão tentar reconstruir o ninho ou criar outros nas proximidades. Além disso, uma destruição ineficaz potencializa o comportamento defensivo da colónia, ou seja, aumenta a “agressividade” das vespas sobreviventes, o que poderá colocar em perigo a integridade física das populações que frequentem o local nos dias seguintes.
Tendo em consideração que a vespa asiática demonstra uma elevada agressividade quando incomodada nos ninhos, a destruição destes deve ser realizada por pessoal devidamente capacitado para o efeito, ou seja, devidamente protegido, munido dos equipamentos necessários e dotado de conhecimentos específicos.