Recomendações da Direção-Geral da Saúde sobre o novo coronavírus
26.02.2020
No âmbito do novo coronavírus, os cidadãos devem cumprir um conjunto de medidas de higiene e de etiqueta respiratória, recomendadas pela Direção-Geral da Saúde (DGS). Aquele serviço central do Ministério da Saúde informa que, seguindo orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS), não existem restrições à estadia de cidadãos regressados da China ou de outras áreas afetadas no país, estando disponíveis informações na página da DGS.
Para todos os que acolhem cidadãos da China ou de outras áreas afetadas, a DGS recorda que é feito um “rastreio” à saída do aeroporto de origem, sendo mais uma medida para garantir a segurança dos cidadãos e tranquilidade de toda a comunidade.
É aconselhado o cumprimento das seguintes medidas de higiene e de etiqueta respiratória:
- Lave frequentemente as mãos, com água e sabão, esfregando-as bem durante pelo menos 20 segundos;
- Reforce a lavagem das mãos antes e após a preparação de alimentos, após o uso da casa de banho e sempre que as mãos lhe pareçam sujas;
- Pode também usar em alternativa, para higiene das mãos, uma solução à base de álcool;
- Use lenços de papel (de utilização única) para se assoar;
- Deite os lenços usados num caixote do lixo e lave de seguida as mãos;
- Tussa ou espirre para o braço com o cotovelo fletido e não para as mãos;
- Evite tocar nos olhos, no nariz e na boca com as mãos sujas ou contaminadas com secreções respiratórias.
Se regressou de alguma área afetada pelo novo coronavírus, fique alerta nos próximos 14 dias, evite contacto com outras pessoas, avalie e registe a temperatura corporal duas vezes por dia. Se esteve numa área afetada ou em contacto com algum doente infetado e tiver febre, tosse e dificuldade em respirar, ligue para o SNS24 (808 24 24 24). Não vá diretamente aos serviços de saúde e siga as orientações que lhe forem dadas.
Atualmente, a OMS não recomenda restrições de viagens, comércio ou produtos. No entanto, o Ministério dos Negócios Estrangeiros informa que “nas presentes circunstâncias, desaconselham-se todas as deslocações à Província de Hubei e viagens não essenciais à China.” O Ministério recomenda, ainda, “prudência nas viagens a países que se encontram geograficamente próximos da China, que pela sua situação geográfica e condicionalismos locais se encontrem mais suscetíveis a uma disseminação do surto.”
Se viajar, tenha em conta as seguintes recomendações da DGS:
- Siga as recomendações das autoridades de saúde do país
- Lave frequentemente as mãos, especialmente após contacto direto com pessoas doentes, com água e sabão, esfregando-as bem durante pelo menos 20 segundos
- Reforce a lavagem das mãos antes e após a preparação de alimentos, após o uso da casa de banho e sempre que as mãos parecerem sujas
- Pode também usar-se, em alternativa, uma solução à base de álcool
- Evite contacto próximo com pessoas com sinais e sintomas de infeções respiratórias agudas
- Lave frequentemente as mãos, especialmente após contacto direto com pessoas doentes
- Evite contacto com animais
- Adote medidas de etiqueta respiratória:
- Tossir ou espirrar para o braço com o cotovelo fletido e não para as mãos
- Usar lenços de papel (de utilização única) para se assoar
- Lavar as mãos sempre que se assoar, espirrar ou tossir
- Evitar tocar nos olhos, no nariz e na boca com as mãos sujas ou contaminadas com secreções respiratórias
A evolução da situação pode ser acompanhada no site da Direção-Geral da Saúde.
Estas medidas enquadram-se na Emergência de Saúde Pública Internacional declarada pela OMS, na sequência da epidemia por um novo coronavírus.
Recorde-se que a 31 de dezembro de 2019, a OMS foi informada de casos de pneumonia na cidade de Wuhan, China. Em 7 de janeiro de 2020 um novo coronavírus foi identificado como a causa da doença que foi denominada COVID-19. Os países aumentaram a sua vigilância para diagnosticar rapidamente possíveis novos casos de COVID-19. Desde então, foram identificadas mais pessoas infetadas por esse vírus na China, além de casos importados para outros países, inclusive na região europeia.
COVID-19 é o nome oficial, atribuído pela Organização Mundial da Saúde, à doença provocada por um novo coronavírus, que pode causar infeção respiratória grave como a pneumonia. Este vírus foi identificado pela primeira vez em humanos, no final de 2019, na cidade chinesa de Wuhan, província de Hubei, tendo sido confirmados casos em outros países.
Os coronavírus são um grupo de vírus que podem causar infeções nas pessoas. Normalmente estas infeções estão associadas ao sistema respiratório, podendo ser parecidas a uma gripe comum ou evoluir para uma doença mais grave, como pneumonia.
O período de incubação (até ao aparecimento de sintomas) situa-se entre 2 a 14 dias, segundo as últimas informações publicadas.
Os sintomas são semelhantes a uma gripe, como febre, tosse, falta de ar (dificuldade respiratória) e cansaço. Em casos mais graves pode evoluir para pneumonia grave com insuficiência respiratória aguda, falência renal, podendo mesmo levar à morte.
As formas de transmissão ainda estão em investigação pelas autoridades internacionais. A transmissão de pessoa a pessoa foi confirmada e, geralmente, ocorre após o contacto próximo com um doente infetado.
A Direção-Geral da Saúde tem seguido, desde o primeiro momento, o desenvolvimento do surto no contexto da identificação do novo vírus. Foi ativado o dispositivo de Saúde Pública do país, com monitorização e vigilância epidemiológica, gestão e comunicação de risco, habituais nestas situações.
[Artigo atualizado às 18h31 de 5/3/2020]