Torres Vedras

Teresa Miguel

31.05.2019

A Oeste Infantil, a grande festa onde os mais pequenos podem brincar num mundo totalmente criado à sua medida, decorreu entre 28 de maio e 1 de junho.

No ano em que a Oeste Infantil celebra 30 edições, a comunidade educativa partilhou a sua visão sobre a Grande Festa da Criança.

Nesta entrevista falámos com Teresa Miguel, coordenadora do Centro Educativo da Ventosa, do Agrupamento de Escolas de São Gonçalo.


Como é que um professor vive a Oeste Infantil?

Com uma grande ansiedade e expectativa, porque vamos sempre encontrar coisas novas e experiências diferentes que os alunos podem vivenciar. E é sempre também importante [ser] com alegria, por participar num dia diferente e numa atividade diferente.

Qual é o impacto da Oeste Infantil na comunidade escolar?

Por trás do stand que um agrupamento apresenta há um grande trabalho que envolve muita gente. Depois acaba por ser uma alegria ver o produto concretizado e poder proporcionar experiências diferentes aos alunos que visitam a Oeste Infantil.

 

Este evento tem impacto no crescimento e desenvolvimento das crianças e dos jovens?

Há crianças que não têm possibilidade de vivenciar coisas diferentes e ver espaços diferentes, nem de visitar instituições que estão ao dispor no país. E a Oeste Infantil é uma forma de poder dar a essas crianças um "bocadinho" mais do que aquilo que elas têm. Portanto, acho que tem um impacto positivo e elas ficam sempre com uma boa memória da Oeste Infantil.

 

Como começou o seu envolvimento com a Oeste Infantil?

Comecei como visitante. [...] Mais tarde, quando integrei a direção do agrupamento da escola da Freiria - que neste momento não existe, está integrado na São Gonçalo - passei a fazer parte diretamente da dinamização do stand do meu agrupamento. E foi aí que integrei, também, a comissão organizadora da Oeste Infantil.

Já aprendeu alguma coisa com a Oeste Infantil? 

Aprendi muito em termos de organização, de gestão de espaços e de coordenar pessoas em determinadas tarefas.

Viveu algum episódio que a tivesse marcado?

O que me marcou mais na Oeste foi a disponibilidade e a vontade da comunidade em participar. Mesmo as pessoas que não estavam diretamente envolvidas com a escola, todas tinham prazer e vontade em participar.

Como vê a evolução da Oeste Infantil ao longo destes anos?

Quando comecei a participar, a envolver-me diretamente, creio que havia mais escolas, mais instituições a participar. Não vejo a Oeste Infantil como uma mostra do trabalho dos professores, vejo como uma mostra da comunidade em si. Não só das escolas, mas de outras instituições e de muitas empresas que também participam na Oeste.

De que forma a Oeste Infantil se tem adaptado às diferentes gerações de crianças?

Quem organiza, quem planeia, está sempre a pensar em oferecer coisas diferentes, coisas atuais e está sempre a pensar nas crianças. E isso acaba por fazer com que as coisas surjam de acordo com as necessidades e se alterem de acordo com aquilo que há no momento e com aquilo que se pretende transmitir às crianças.

De que forma o Agrupamento de Escolas de São Gonçalo participa na Oeste Infantil?

Há um grupo de trabalho restrito que pensa no projeto que vai desenvolver. E depois o "grosso" das escolas participa na construção de materiais. Este ano temos uma série de “legumes" para produzir porque vamos fazer uma "hortinha".

Em que altura do ano letivo começam a preparar a vossa participação?

O trabalho de preparação começa mais cedo. Eu não faço parte desse grupo, mas começa entre março e abril. E depois a concretização em si é, normalmente, no final de abril, princípio de maio. É sempre um grande stress, temos de deixar tudo pronto até ao final da  Oeste.

 

Qual a principal mensagem que deve ser transmitida às crianças?

Para mim a grande mensagem é a partilha. A partilha de experiências. E acaba por ser uma partilha de afetos, porque quem lá está faz as coisas com grande carinho e amor e isso acaba por se refletir naquilo que vamos transmitir. Portanto, partilha de experiências, partilha de afetos.

Como vê a Oeste Infantil no futuro? 

Acho que não consigo ver a Oeste acabar. Portanto, acho que a Oeste irá continuar de modos diferentes, mas há de haver sempre Oeste. Porque os professores e instituições neste momento criaram uma ligação especial com a Oeste e acho que não vão conseguir deixar de a fazer.

Publicado: 03.06.2019 - 14:59 horas
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