No primeiro dia do Greenfest, que se realizou no fim de semana no Parque Regional de Exposições, teve lugar a Conferência Green Leaf.

Nesta conferência foram convidados representantes das Cidades European Green Leaf (Torres Vedras, Mollet del Valles e Galway) e ainda os municípios de Idanha-a-Nova e do Fundão, que apresentaram as suas políticas, projetos e boas práticas para promoção da alimentação sustentável e da agricultura urbana orgânica.

A vice-presidente da Câmara Municipal, Laura Rodrigues, moderou esta conferência na qual estiveram mais concretamente presentes Armindo Jacinto (presidente da Câmara Municipal de Idanha-a-Nova) que deu a conhecer o “Idanha Food Lab”, Miguel Vasco (da Câmara Municipal do Fundão e coordenador técnico da Agência de Desenvolvimento Gardunha) que proferiu uma comunicação sobre “Marketing territorial ao serviço da valorização agroalimentar, práticas e políticas no projeto Agri-urban”, Inês Morais e José Alves (da Câmara Municipal) que apresentaram o “Programa de Sustentabilidade na Alimentação Escolar”, Albert Garcia Macian (coordenador do departamento de projetos europeus e relações internacionais do Município de Mollet del Vallès) que levou a efeito uma comunicação intitulada “Alimentando as nossas cidades de uma forma sustentável: produção, entrega e consumo de comida nas cidades”, e Sharon Carroll (do Município de Galway e gestor do projeto Galway European Green Leaf 2017) que levou a cabo uma comunicação intitulada “Do início: a história da comida em Galway”.

Nessa conferência foi abordada a noção de consumo sustentável, a qual se traduz na utilização adequada dos recursos naturais de forma a satisfazer as atuais necessidades de consumo sem comprometer as gerações futuras, sendo que um sistema alimentar sustentável engloba vários aspetos socioeconómicos, que passam pela produção, transporte, armazenamento e, ao mesmo tempo, ambientais, em termos de biodiversidade, água, solo e energia.

Ainda nesta conferência concluiu-se que é essencial reduzir a pegada ecológica alimentar, mantendo a produção junto ao local de consumo, diminuindo-se dessa forma a energia necessária para que os produtos alimentares cheguem do local de produção ao do seu consumo final. Assim, incentiva-se a autonomia alimentar e a produção local, minimizando-se o grau de dependência alimentar externa, dinamizando-se a economia local e os pequenos produtores e protegendo-se as técnicas de produção tradicionais.