Agenda
Carnaval: Ritos, Artes e Criatividade
Em permanência
Local: Centro de Artes e Criatividade de Torres Vedras
Carnaval: Ritos, Artes e Criatividade é a exposição permanente do Centro de Artes e Criatividade (CAC) de Torres Vedras.
O Carnaval é uma manifestação cultural celebrada em vários pontos do mundo. As suas celebrações apresentam traços comuns, mas também uma vasta diversidade que resulta das suas expressões concretas.
A inversão e transgressão que caracterizam o Carnaval encontram expressão nas personagens que dão forma aos festejos, que personificam os desejos e os fantasmas da comunidade, ao mesmo tempo que fazem uma caricatura dos acontecimentos e dos seus protagonistas.
O tempo é uma personagem maior do Carnaval: tempo de suspensão do real, em que se procura a subversão e o excesso com tradução no burlesco. Tempo de sátira, paródia e ironia. Este é, ainda, tempo de inversão do estabelecido, de caos e de catarse, de purificação e de personificação dos pecados, vícios e males. O Carnaval é um rito de passagem de matriz ainda rural, de tempos cósmicos de penúria (inverno) ao prenúncio da abundância (primavera).
É também um tempo marcado pelo excesso. A violência, o grotesco, o macabro e o perverso manifestam-se nos atos dos participantes entre eles próprios ou “contra” o público. É disso exemplo a prática comum de pregar sustos a mulheres e crianças.
A máscara (facial ou de indumentária) é presença obrigatória em todos os carnavais. É o veículo de representação por excelência, facilitando a assunção de outras identidades. Podemos dizer que existem dois tipos de máscara: figuras antropomórficas e máscaras zoomórficas.
Na maioria dos carnavais, o Diabo e a Morte são figuras que animam e fazem rir, sendo exemplos usados para compreender a mistura de elementos pagãos e cristãos no Carnaval contemporâneo. O diabo representa o excesso, a loucura, o pecado, a liberdade, a abundância e a alegria. Especialmente nos carnavais da América Latina é, muitas vezes, reservado ao diabo o papel de Rei do Carnaval, protagonista, representativo e fundador da festa.
Nos carnavais mediterrânicos e em muitos da América do Norte e Latina são utilizadas carroças, normalmente muito grandes, decoradas e pintadas. As de grande dimensão são “carros alegóricos”, que integram os desfiles de Carnaval. Têm as suas origens na Idade Média, nas carroças móveis que apresentavam peças teatrais e iam de cidade em cidade. São alegóricos porque costumam usar figuras reais, temas ou eventos que são parodiados por caricaturas, desenhos, textos humorísticos e músicas.
Desde sempre que a inversão e troca de papéis faz parte das comemorações carnavalescas. O rico torna-se pobre, o homem torna-se mulher e vice-versa. Durante as festividades, nenhum ato poderá ser classificado como crime porque a lei é suspensa durante os dias do Carnaval.
O Carnaval é um ritual de passagem, ocorrendo num tempo de mudança climática. É comum, por exemplo, celebrar o início e o fim da festa com rituais que envolvem fogo ou terra (significando a força da natureza): através de uma fogueira ou do (des) enterro de alguma figura ou objeto, a que são assacados todos os pecados cometidos durante o Carnaval e o ano anterior.
Observações: valor de ingresso no Centro de Artes e Criatividade - https://cac-tvedras.pt/informacoes/bilheteira-online
Atividade Gratuita