"Arte ao Centro" trouxe cultura à zona histórica de Torres Vedras
19.05.2014
Nos dias 3 e 4 de maio decorreu no centro histórico de Torres Vedras a primeira edição do evento cultural Arte ao Centro.
A iniciativa foi organizada por André Duarte Baptista e José Manuel Ferreira.
Já integrado no evento, no dia 2 de maio, na Coisa, foi inaugurada a exposição de aguarelas Acalanto para Caymmi, da autoria do pintor brasileiro Lauro Monteiro, que veio de Paraty para participar no Arte ao Centro.
Nos dois dias seguintes, no âmbito da iniciativa, cerca de 60 praticantes de desenho e pintura desenvolveram os seus registos gráficos, em ambiente festivo, na Feira Rural.
O sketchcrawl que decorreu no sábado contou com a orientação dos urban sketchers Eduardo Salavisa e Nelson Paciência, tendo participado também no mesmo os alunos de arquitetura, urbanismo, design e belas artes da Universidade Lusófona, coordenados pelas professoras e arquitetas Filipa Antunes e Isabel Barbas. Já o grupo de aguarelistas foi liderado por José Ferreira. Os pintores de óleo juntaram-se, por seu lado, a Arnaldo Barateiro, a representar o Chafariz dos Canos. Por outro lado ainda, as pintoras Hermínia Mesquita e Luísa Peixe, que desenvolveram a técnica de pastel, concentram-se na lgreja da Graça. Nestes trabalhos ao vivo, destaque-se, para além da qualidade dos mesmos, o convívio a que se assistiu entre pintores e público.
No final deste dia realizou-se uma conferência, a qual contou com um discurso de boas-vindas do presidente da Câmara Municipal. Carlos Miguel. Esta conferência foi moderada por André Duarte Baptista e Catarina Sobreiro (diretora da Galeria Municipal), tendo na mesma participado um painel de autores convidados que falaram sobre as suas obras: António Bártolo, Arnaldo Barateiro, Eduardo Salavisa, Filipa Antunes, Hermínia Mesquita, Lauro Monteiro, Nelson Paciência e Penim Loureiro.
Na ocasião, Eduardo Salavisa apresentou algumas imagens do seu novo livro, que será publicado em outubro e contará com o contributo de vários autores, em torno do tema dos diários desenhados em viagens. Penim Loureiro presentou a plateia com a apresentação em primeira mão das imagens da sua nova Banda Desenhada A Cidade Suspensa, demonstrando o seu processo de trabalho e destacando aquilo que define de “arqueologia arquitetónica”. Arnaldo Barateiro e Hermínia Mesquita destacaram, por seu lado, a importância que este encontro teve nas suas carreiras artísticas, já que foi a primeira vez que trabalharam num ambiente ao vivo e garantiram que tratou-se de uma experiência positiva, a repetir. Nelson Paciência aproveitou para agradecer o convite que teve para orientar, pela primeira vez, um grupo de sketchers, tendo destacado ainda a sua satisfação como arquiteto por ter verificado que os alunos de arquitetura voltam a valorizar o desenho como método de representação e de expressão criativa. Filipa Antunes, como representante da Universidade Lusófona, confirmou esse mesmo interesse e agradeceu o convite para participar na iniciativa e sobretudo aos seus alunos que de uma forma espontânea e desinteressada aceitaram integrar esta atividade extracurricular.
No domingo, teve lugar uma visita guiada ao centro histórico de Torres Vedras que proporcionou aos artistas convidados conhecer o Centro Interpretativo do Castelo de Torres Vedras.
No dia 16 de maio foi inaugurada na Cooperativa de Comunicação e Cultura a exposição coletiva dos trabalhos desenvolvidos no âmbito do Arte ao Centro.
A organização do Arte ao Centro gostaria de agradecer a entusiasta e inspiradora participação de todos os amantes do desenho e pintura que integraram o mesmo, assim como a generosidade dos autores convidados que garantiram o sucesso do evento e que ajudaram a projetá-lo a uma escala nacional e internacional. Gostaria ainda de agradecer aos parceiros da iniciativa: Cooperativa de Comunicação e Cultura, Coisa, projeto Andar a Pé, associação Transforma, Associação de Defesa e Divulgação do Património Cultural de Torres Vedras, Universidade Lusófona e Câmara Municipal .