10 milhões de euros foi quanto o Carnaval de Torres contribuiu em 2014 para a economia local.

Esta foi uma das principais conclusões obtidas num estudo efetuado pelo Grupo de Investigação em Turismo do Instituto Politécnico de Leiria e pela empresa municipal Proomtorers, o qual foi apresentado no dia 2 de julho, no Pavilhão Multiusos, no âmbito da Feira de S. Pedro.

Outra importante conclusão obtida foi a de que o gasto médio per capita no Carnaval de Torres Vedras foi este ano de 101 euros, ao passo que em 2013 foi de 82 euros, tendo esta subida sido especialmente significativa nos participantes no corso (neste caso foi de 108 para 140 euros), o que se prende com o maior tempo de permanência no evento e a melhoria do contexto económico.

Uma outra conclusão relevante daquele estudo foi a fidelização que se tem vindo a verificar em relação aos participantes nas festividades carnavalescas torrienses, tendo 76,8% % dos inquiridos entrado no respetivo corso, sendo que nas mesmas se calculou cerca de 350 mil visitantes. Estes números foram tanto mais significativos tendo em conta as condições climatéricas verificadas. O maior envolvimento dos participantes é também atestado pelo aumento da percentagem do número de mascarados (de 67 para 71%). Sábado e segunda-feira à noite foram, de resto, os momentos em que o Carnaval de Torres recebeu mais público. O facto de ficar mais perto do local de residência, o de ser o mais tradicional e o de ter melhor animação, são a bases da escolha do Carnaval de Torres Vedras, sendo as “matrafonas”, os carros alegóricos, os grupos de animação e os Cabeçudos as atrações mais apreciadas. Este estudo traçou o perfil do folião típico do Carnaval de Torres como sendo jovem, trabalhador por conta de outrem ou estudante, residentes no concelho ou nos circundantes, e com habilitações de nível secundário ou superior.

Já em relação aos membros dos grupos de mascarados, estes são normalmente “veteranos”, o que tem ajudado a consolidar o evento, havendo a tendência para a constituição de grupos cada vez maiores.

De referir também que 84% dos inquiridos discordaram da não cedência de tolerância de ponto no Carnaval pelo governo e 78% concordaram com a candidatura do Carnaval de Torres Vedras a património mundial imaterial da UNESCO.

No que toca ao estudo efetuado pela empresa de consultadoria mediática Cision, o mesmo concluiu que este ano foram produzidas 403 notícias sobre o Carnaval de Torres, as quais representaram um valor estimado de 15 milhões de euros, três vezes mais do que no ano anterior. A favorabilidade do evento foi de 3.8 num máximo de 5 valores, o que se prendeu essencialmente com o facto de ser o “Carnaval mais português de Portugal”, da Câmara Municipal ter concedido tolerância de ponto na altura, de ter sido formalizada a referida candidatura e à criatividade do respetivo monumento.

Os mencionados estudos podem ser consultados na empresa municipal Promotorres.