A Casa Esteveira é uma referência na cidade de Torres Vedras. Fundada em 1910, começou por dedicar-se ao comércio de utensílios agrícolas e sementes.

A história da Casa Esteveira tem início com Joaquim José Esteveira, bisavô do atual proprietário, João Esteveira. Ao longo dos anos, o negócio foi passando de geração em geração, através de sociedades constituídas no seio da família.   

Após a morte do patriarca, nos anos 40, o estabelecimento passou a designar-se Viúva de Joaquim José Esteveira, nome que durante vários anos se pôde ler na fachada do edifício centenário, na Rua 9 de Abril.

A compra e venda de sementes foi uma das principais vertentes do negócio, ao longo de várias décadas. Como explica João Esteveira, “as pessoas vinham aqui entregar o excedente das suas sementes e ficavam com dinheiro para comprar diferentes sementes para a época seguinte”.

O negócio foi-se adaptando aos tempos e a oferta foi-se diversificando. Por exemplo, “nos anos 50 também se vendeu brinquedos”, porque a clientela vinha com os filhos e acabava por gastar parte do dinheiro conseguido com a venda das sementes em brinquedos.

Nos anos 80, quando o pai de João Esteveira assume a gestão do negócio, o nome é alterado para Casa Esteveira, designação pela qual já era conhecida pelos torrienses. “É quando é posto o reclame luminoso na fachada e passa a ser Casa Esteveira”, refere.

Atualmente, dedica-se à venda dos mais diversificados produtos, desde artigos de campismo e de praia, tapetes por medida, cordas, oleados, ferragens, ferramentas, utilidades para a casa e artigos de bricolage. Como costuma dizer o bisneto do fundador: “A Casa Esteveira nunca vendeu muito de nada, vende um pouco de muita coisa.”

A aquisição dos artigos no mercado nacional é uma das preocupações de João Esteveira, que mantém o negócio através de uma oferta diferenciada e personalizada. Talvez por isso, a Casa Esteveira é conhecida por ter artigos que não se encontram em outros estabelecimentos da Cidade.

Tal como se pode ler por cima do balcão: “Se a Casa Esteveira não tem, é porque não existe.”