A guerra colonial foi abordada de diferentes formas e perspectivas num ciclo inédito em Torres Vedras que decorreu entre os dias 24 de Abril e 9 de Maio.

Resultado de uma parceria estabelecida entre a direcção do teatro-cine e a Cooperativa de Comunicação e Cultura que contou com o apoio da direcção da galeria municipal, este ciclo, intitulado Portugal e a Guerra, consistiu num vasto conjunto de acções: exibição de documentários; exposições; dois debates/tertúlias em que estiveram presentes antigos combatentes e militares – dos quais os “capitães de Abril” Vasco Lourenço e Nuno Santa Clara Gomes -, entre outros; duas conversas com alunos de escolas secundárias de Torres Vedras em que participaram outros três intervenientes no 25 de Abril – Mário Tomé, Otelo Saraiva de Carvalho e José Aparício; uma sessão de fados cuja temática incidiu na guerra e na liberdade; leituras de poemas seleccionados sobre a guerra; a representação do teatro Infa 72; uma instalação sonora da autoria de André Trindade com texto de Rui Matoso; uma performance teatral encenada por João Garcia Miguel a partir dos textos de Adolfo Luxúria Canibal Epístolas de Guerra; e a apresentação de uma outra performance criada por meio do workshop O medo na criação artística, orientado por Hugo Miguel Coelho.   

De referir que Portugal e a Guerra foi apenas o primeiro ciclo temático de um evento mais abrangente dedicado ao tema Portugal e a Memória.