Comissão Social Interfreguesias do Interior do concelho de Torres Vedras
05.09.2023
A Comissão Social Interfreguesias do Interior do concelho de Torres Vedras é constituída por 25 entidades das freguesias de Freiria, Turcifal, Ventosa, União das Freguesias de Campelos e Outeiro da Cabeça, União das Freguesias de Carvoeira e Carmões, União das Freguesias de Dois Portos e Runa e União das Freguesias de Maxial e Monte Redondo.
Esta é uma das três comissões sociais da Rede Social de Torres Vedras que contribuem para que os problemas sejam resolvidos em proximidade com as populações.
Assumindo-se como órgãos dinamizadores do desenvolvimento social local e da erradicação da pobreza e exclusão social, os seus objetivos passam por incentivar redes de apoio local, promover a articulação entre entidades, desenvolver estratégias de intervenção articuladas e fortalecer as relações de parceria e cooperação.
Neste artigo, conheça o balanço traçado por quatro membros da Comissão Social Interfreguesias do Interior, cujo Grupo Executivo é atualmente presidido pela Junta de Freguesia da União das Freguesias de Carvoeira e Carmões.
Nuno Pinto | Presidente da Junta de Freguesia da União das Freguesias de Carvoeira e Carmões
“Eu acho que esta Comissão é de elevada importância, porque é importante a comunicação, os conhecimentos, as interligações, a facilidade de nos apoiarmos uns aos outros, de estarmos todos atentos e de falar à mesma voz. Tudo isso ajuda-nos a todos. Quanto mais em equipa trabalharmos, melhor.
Desde que entrámos que tentámos sempre participar da melhor forma, apoiando sempre as iniciativas (…) As realidades são diferentes, cada freguesia tem a sua própria realidade.
Mas o nosso objetivo são as pessoas, é a ação social, as dificuldades e problemas sociais que temos na freguesia. Isso é comum a todos. Portanto, dessa partilha, cada um tenta tirar aquilo que se adapta melhor ao nosso território. Acho que isso é de louvar.”
Olga Louro | Diretora técnica do Centro Social e Paroquial Santo António de Campelos
“O Centro Social e Paroquial Santo António de Campelos integra a Comissão desde 2003, desde o seu início. Somos um membro da Rede Social bastante participativo. Tivemos um projeto que emergiu do Diagnóstico Social do Concelho, o projeto ‘Mão Cheia’, que interveio em sete freguesias do Concelho.
Somos também um membro bastante ativo na Comissão Social Interfreguesias do Interior, fazemos parte do Grupo Executivo (…).
Esta Comissão tem sido um elemento dinamizador do desenvolvimento social local. Tem sido, ao longo do tempo, uma plataforma de planeamento integrado e participativo. Através do seu Plano de Ação, tem definido prioridades e focado a sua intervenção em problemas sociais devidamente identificados, com o objetivo de reforçar o desenvolvimento e a coesão social.
Temos partido da premissa que o apoio às pessoas e famílias com maior vulnerabilidade social terá mais sucesso quanto maior for a articulação entre os diferentes agentes. Assim, tem sido uma preocupação chamar a participar os vários agentes presentes nas freguesias que compõem a Comissão (…)”
Fernando Santos | Diretor do Agrupamento de Escolas de São Gonçalo
“A Comissão Social tem instituições diretas do apoio social e depois tem outras instituições que estão na área social, mas não são diretamente instituições de cariz social, como as forças de segurança, a saúde, a escola.
Podemos falar em dois contributos. A priori, a escola pode ser sinalizadora de algumas situações. E depois também pode ser uma consequência da intervenção das instituições. Ou seja, não sendo direto, pode ser um apoio antes e depois. Os desafios são sempre muito grandes, haja capacidade de colocar em prática as ações que vamos propondo (…)
As instituições muitas vezes trabalham em conjunto para que se possa chegar a um objetivo. É uma espécie de um condomínio (risos). A questão social é um bocadinho como um condomínio em que estamos todos no mesmo quintal e cada um tem a sua casa. Mas que não haja muros, que todos partilhemos o mesmo quintal para que possamos trabalhar em conjunto (…)”
Margarida Livramento | Diretora técnica da Associação de Socorros da Freguesia da Carvoeira
“Integramos a Comissão desde que existe, foi logo no início. A minha participação é assídua, porque considero um trabalho bastante pertinente.
Temos um trabalho de proximidade, ou seja, como temos todas as instituições aqui do interior, acaba por nos tocar mais cada problemática e juntos conseguimos soluções mais específicas para cada situação e de forma célere. E estas reuniões são boas para aprofundarmos detalhadamente alguns pontos que se tocam (…)
Às vezes uma colega traz uma problemática que nós também sentimos, percebemos que afinal não é só na nossa instituição e acabamos por conseguir colmatar aquelas situações.
Estou em crer que o nosso objetivo também é que as outras comissões possam aplicar as nossas boas práticas, caso necessitem, como as ajudas alimentares, que talvez seja uma das maiores lacunas atualmente.”