Concurso Mundial de Sauvignon leva especialistas internacionais a Torres Vedras
09.03.2022
O 13.º Concurso Mundial de Sauvignon irá decorrer em Torres Vedras nos dias 18 e 19 de março. A competição foi apresentada esta terça-feira, 8 de março, na Garrafeira Venceslau, no Mercado Municipal de Torres Vedras. A presidente da Câmara Municipal de Torres Vedras, Laura Rodrigues, recordou que o concurso esteve agendado para 2021, na sequência do trabalho desenvolvido no âmbito da Cidade Europeia do Vinho 2018.
“Teremos em Torres Vedras um painel muito significativo de pessoas e entidades internacionais ligadas àquilo que há de melhor no vinho, a revistas, institutos e empresas internacionais ligadas ao vinho” sublinhou Laura Rodrigues, referindo-se à realização da 13.ª edição deste concurso internacional no Dolce CampoReal.
O diretor do Concurso Mundial de Sauvignon, Quentin Havaux, falou sobre o evento e os moldes em que irá decorrer através de uma apresentação em meio digital. “Vamos convidar 75 especialistas escolhidos a dedo e líderes de opinião de todo o mundo, de 27 países diferentes” explicou, acrescentando que o júri será constituído por jornalistas, compradores, sommeliers e enólogos — “são todos especialistas e todos trabalham, diariamente, na indústria do vinho.”
Entre as “grandes missões” do Concurso Mundial de Sauvignon está proporcionar um selo de qualidade ao consumidor quando compra vinho, a avaliação e promoção dos vinhos e a promoção da região anfitriã.
O secretário-geral da Associação de Municípios Portugueses do Vinho, José Arruda, recordou o momento em que “desafiou” o anterior presidente da Câmara Municipal, Carlos Bernardes, para que Torres Vedras viesse a acolher a competição. Na ocasião, José Arruda sublinhou, ainda, que a AMETUR - Associação Mundial de Enoturismo virá a estar sediada, precisamente, no Mercado Municipal de Torres Vedras, apontando para que a inauguração ocorra durante este ano.
“O Concurso Mundial de Sauvignon tem vários significados e importâncias. Por um lado, é o reconhecimento internacional de que há capacidade instalada e pessoas capazes de trazer um concurso desta dimensão e importância para Torres Vedras” afirmou o presidente da Comissão Vitivinícola da Região de Lisboa (CVRLisboa), Francisco Toscano Rico. “O segundo ponto é que um concurso desta importância só vem para uma região que é de vinhos de excelência”, acrescentou.
Já o presidente do Instituto do Vinho e da Vinha (IVV), Bernardo Gouvêa, considerou que a realização do evento irá valorizar a qualidade dos vinhos e divulgar a oferta de enoturismo do território. Destacando que o “Município continua a tornar este cluster do vinho, esta atividade, como uma atividade principal da sua identidade”, Bernardo Gouvêa recordou a “ligação íntima e intrínseca ao campo e que está na génese da população.”
Após as intervenções iniciais, coube aos Sauvignon Blanc produzidos em Torres Vedras o “papel principal”. Produzidos pela Adega Cooperativa de Dois Portos, pela AdegaMãe, pela Quinta da Boa Esperança e pela Quinta da Folgorosa, os néctares foram devidamente apresentados e degustados, numa prova dinamizada por José Miguel Menezes de Almeida, da CVRLisboa.