COVID-19: Entidades torrienses produzem viseiras de proteção individual
26.03.2020
Várias entidades torrienses encontram-se a produzir viseiras de proteção individual que serão doadas aos profissionais de saúde, no âmbito da atual pandemia causada pela doença COVID-19. O objetivo passa por ajudar a dar resposta às necessidades de material de proteção individual das unidades de saúde. O projeto integra várias entidades públicas, associativas, empresariais e particulares, tendo já procedido à entrega de cerca de 550 viseiras.
O equipamento será entre ao Centro Hospitalar do Oeste, assim como a outras entidades.
A ESCO - Escola de Serviços e Comércio do Oeste, o Agrupamento de Escolas Madeira Torres, o LabAberto FabLab de Torres Vedras, a XYZ LAB e a A3 são as entidades torrienses que participam no projeto, que conta ainda com a participação do FabLab Benfica, do FabLab EDP, da Dholotec e da ISICOM. O projeto encontra-se, ainda, em contacto com diversas entidades com capacidade de produção no norte do país.
O grupo de trabalho conta com cerca de 20 equipamentos, que se dividem entre impressoras 3D e máquinas de corte laser. Estes equipamentos produzem componentes de viseiras em plástico em impressão 3D, assim como viseiras inteiramente em plástico PETG transparente.
O objetivo destas entidades é “desenhar uma viseira open source que seja de fácil e rápida produção em grande escala, recorrendo a materiais que, sendo de fácil disponibilidade de fornecimento, também possa ir ao encontro dos requisitos e necessidades dos profissionais de saúde que a irão utilizar.” Desta forma, à eficácia da solução, o grupo pretende aliar conforto e facilidade de utilização.
Para isso, os desenhos 3D desenvolvidos pela comunidade continuam em desenvolvimento, “para possibilitar a produção das viseiras não só em impressoras 3D industriais, mas também disseminar essa produção pelo já grande número de possuidores de impressoras 3D domésticas.” Também a otimização dos modelos para corte a laser encontra-se em desenvolvimento, o que permitirá maior rapidez e escala de produção.
O modelo da viseira impresso em 3D foi proposto pelo maker Hanoch Hemmerich, de Tenerife, Espanha, estando ainda a ser produzido o modelo desenvolvido pelo Movimento Maker - Portugal. Já o modelo produzido com corte a laser foi desenvolvido nos últimos dias pela empresa Dholetec, que integra o projeto e que se encontra a produzir estas viseiras, tendo libertado o modelo para que outros o possam reproduzir.