Em tempo de recolhimento a Câmara Municipal proporcionou “Livros à Medida”
24.02.2021
Com o objetivo de levar a literatura à população do Concelho, principalmente aos munícipes que não a incluem no seu quotidiano, e visando ainda combater o isolamento da população idosa do Concelho resultante do contexto pandémico que se tem vivido, a Câmara Municipal dinamizou o projeto “Livros à Medida”.
Este projeto consistiu na leitura de pequenos contos com mensagens intergeracionais, levada a cabo, semanalmente, nas rádios locais (ON FM e Rádio Oeste), por Ana Meireles e Sílvia Abreu, o que aconteceu entre os dias 7 de outubro e 16 de dezembro.
Avós (de Chema Heras), O Rosto da Avó (de Simona Ciarolo), A Manta - uma história aos quadradinhos (de tecido) (de Isabel Minhós Martins), Com Três Novelos (de Henriqueta Cristina), Maruxa (de Eva Mejuto), Quando eu nasci (de Isabel Minhós Martins), A Manta de José (de Miguel Gouveia), Letras nos atacadores (de Cristina Falcon Maldonado), Burros (de Adelheid Dahimene) e Com o Tempo (de Isabel Minhós Martins) foram os livros em que assentaram as leituras do projeto “Livros à Medida”.
Segundo as palavras de Ana Meireles, a ideia subjacente à leitura das histórias foi a de que os ouvintes “percebessem que estas, de forma bastante simples e poética, refletem sempre os problemas e as alegrias de cada um, porque cada um as lê e as ouve com as suas próprias experiências”.
Na sequência das leituras efetuadas, os ouvintes foram convidados a registarem as emoções que os contos lhes despertaram, por meio de uma pequena história, de um poema, de uma frase ou de uma simples palavra solta.
Os contributos dos ouvintes no âmbito do “Livros à Medida” têm estado a ser reunidos com vista à elaboração de um livro-objeto por cada história lida, sendo que o conjunto de todos os livros-objeto dará origem a uma exposição itinerante, com datas e locais a designar.
Ainda segundo Ana Meireles: “Pensa-se que o projeto ao promover a inclusão através da leitura assumiu que esta pode ser não só um fator de inclusão, mas também de desenvolvimento pessoal e consequente progresso coletivo.
Enfim, ao criarmos um ambiente social aberto aos livros, e sobretudo junto daqueles que lhes são pouco habituados, valorizamos uma prática simples que pode resultar num projeto de continuidade capaz de criar uma adesão infinita ao prazer de ler e ouvir ler, dando corpo à frase da poetisa e escritora Matilde Rosa Araújo "ler para os outros é um ato de fraternidade".