A Feira de São Pedro foi de novo espaço para a realização do Fórum Florestal do Oeste, o qual teve este ano como mote “Mosaico Florestal”. A segunda edição desse fórum aconteceu na tarde do passado dia 4 de julho, no pavilhão Expo do Parque Regional de Exposições, organizado pela AFLOeste – Associação Interprofissional da Floresta do Oeste, tendo contado com o apoio da Câmara Municipal.

Segundo a AFLOeste, a edição de 2024 do Fórum Florestal do Oeste, um “concílio silvícola” em que é efetuada uma “reflexão estratégica no âmbito do Sistema de Certificação Florestal Regional do Oeste”, contou com a participação de “titulares e gestores, técnicos e decisores, do setor público e privado, individuais e coletivos”, que “cruzaram reflexões (…) em torno das suas preocupações relacionadas com o Legado Florestal Responsável e Ativo Comum”. A atividade contou com três painéis, em que foram abordados diversos assuntos, como a transição digital e intergeracional da floresta, os desafios associados à gestão do arvoredo urbano, a ampliação do Sistema de Gestão Florestal Regional do Oeste à NUTIII, a certificação de áreas arbóreas fora de espaços florestais (em contexto agrícola e urbano) ou a transposição do Pacto Ecológico Europeu para a gestão florestal.

Na sessão de abertura da recente edição do Fórum Florestal do Oeste usou da palavra a presidente da Câmara Municipal, Laura Rodrigues, que na ocasião afirmou que o Concelho tem se distinguido pelas suas práticas de gestão da floresta, nomeadamente no que concerne à execução de faixas de gestão de combustíveis. A este propósito, Laura Rodrigues referiu que a Câmara Municipal executa anualmente cerca de 200 km de faixas de gestão de combustíveis junto a vias municipais, para além de proceder, em parceria com a Guarda Nacional Republicana, à fiscalização da execução de faixas de gestão de combustíveis em terrenos particulares do Concelho, onde os incumprimentos são resolvidos com intervenções coercivas. Ainda na mesma intervenção, a presidente da Câmara Municipal enfatizou o trabalho que esta entidade tem realizado ao nível da arborização de áreas incultas, matos e pastagens com árvores de espécies autóctones e da rearborização de propriedades municipais também com árvores dessas espécies. Segundo ainda palavras de Laura Rodrigues, os serviços municipais tinham até 2023 arborizado o correspondente a uma área de 64 hectares, para além de nos últimos sete anos terem cedido mais de 90 mil árvores de espécies autóctones a particulares de forma a promover uma correta arborização dos terrenos privados do Concelho.