Iniciativas de âmbito religioso e cultural marcaram o término das comemorações do Bicentenário das Linhas de Torres Vedras
13.12.2010
Os que padeceram na região no âmbito da Guerra Peninsular foram lembrados na Missa de Requiem que se realizou no dia 14 de Novembro, na Igreja de Nossa Senhora da Graça, em Torres Vedras.
Esta missa, realizada em sufrágio pelas almas daqueles que há dois séculos perderam a sua vida na zona onde foram edificadas as Linhas de Torres Vedras na sequência daquele conflito militar, foi presidida pelo Bispo do Porto, o torriense D. Manuel Clemente, que é, recorde-se, o comissário do programa comemorativo do Município para assinalar o Bicentenário do referido sistema de fortificações. Essa eucaristia foi acompanhada por música oitocentista interpretada pelo Coro Laudate de São Domingos de Benfica.
A iniciativa integrou-se naquele programa comemorativo e foi uma das que marcaram o término do mesmo.
Já no dia 20 de Novembro teve lugar, no Teatro-Cine, o concerto O Ideal Comum, com o qual também se pretendeu marcar a conclusão do mencionado programa.
Neste espectáculo foram interpretadas duas obras relacionadas com as invasões napoleónicas: a Sinfonia n.º 3, em Mi b Maior, opus 55, de Ludwig van Beethoven, composta em 1803 para homenagear Napoleão Bonaparte; e Oratória Popular, opus 40, de Nuno Côrte-Real, uma composição estreada na ocasião e encomendada pelo Município, que se baseia nas tradições musicais da Estremadura e utiliza documentos da época das guerras napoleónicas e outros que abordam o conceito de liberdade. O Ideal Comum foi dirigido pelo referido compositor e maestro torriense e contou com a participação da Orquestra do Norte, do Coro Sinfónico Lisboa Cantat, do pianista Filipe Pinto Ribeiro, do tenor João Rodrigues, do tocador de gaita-de-foles Francisco Pimenta e do actor e recitante Jorge Sequerra.