Investimento em Santa Cruz tem valor socioambiental de 2,1 milhões de euros
11.04.2018
O investimento na costa do concelho de Torres Vedras assume um valor socioambiental de 2,1 milhões de euros. A conclusão é do estudo “O Lado Verde da Bandeira Azul”, que foi apresentado esta terça-feira em Lisboa, e que mostra o valor dos benefícios socioambientais em termos económicos que resultam dos investimentos feitos durante os 30 anos do programa “Bandeira Azul” em Portugal.
Um dos seis casos de estudo analisados centrou-se em Santa Cruz, tendo como foco a praia do Centro – que obteve a primeira Bandeira Azul em 1991 – e estendendo-se às praias da Física e do Pisão. O estudo destaca a aposta crescente no turismo de natureza, a integração do desporto com eventos de carácter cultural e uma oferta gastronómica e de alojamento diversificada, fatores que resultam num valor superior a 2,1 milhões de euros por ano acrescentado à economia de Torres Vedras.
O estudo de caso analisou a valoração económica através de parâmetros como a utilização balnear, a atividade desportiva e de recreação e a atividade de educação e preservação ambiental e investimentos associados.
A investigação fala numa “dinâmica costa Oeste de Torres Vedras que atrai cada vez maior número de praticantes de desportos”, sublinhando ainda que o Município foi o primeiro a adotar o sistema de identificação adaptado a daltónicos ColorADD, o que fez com que fosse atribuído o primeiro prémio do concurso de boas práticas da ABAE em 2016.
No quadro dos investimentos feitos a nível nacional, aponta-se para que os benefícios estejam entre os 22 e os 55 milhões de euros. Matosinhos, Mira, Figueira da Foz, Loulé e Macedo de Cavaleiros foram as restantes zonas balneares alvo de estudo.
“O Lado Verde da Bandeira Azul” foi promovido e desenvolvido pela ABAE sob a coordenação científica de Nuno Gaspar de Oliveira e consultoria do Professor João Oliveira Soares, do Instituto Superior Técnico – IST. A comissão de acompanhamento do estudo contou com a Agência Portuguesa do Ambiente, a Águas de Portugal, o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, o Turismo de Portugal, Miguel Marques, especialista em assuntos de economia do mar – Área da Economia do Mar e a Secretaria Regional Ambiente e do Mar dos Açores.
Sublinhe-se que o trabalho contínuo em torno do ambiente e da sustentabilidade nos 20 km de zona costeira do concelho de Torres Vedras faz com que o Município tenha o galardão QualityCoast, que o reconhece como destino turístico litoral de qualidade. Torres Vedras assume-se ainda como Green Destination, com o seu trabalho em prol da economia verde a ser reconhecido pela Comissão Europeia.