Monumento a Joaquim Agostinho
01.05.2011
Poucos dias volvidos após o falecimento de Joaquim Agostinho foi constituída uma comissão pós-monumento ao ciclista. O escultor Soares Branco foi o executor da obra, tendo-se referido a Joaquim Agostinho, na memória descritiva do seu trabalho, como "uma personagem singular que conseguiu agitar, envolver e surpreender a opinião pública. Devido à sua grande capacidade como ciclista e à sua grande humildade, nunca abdicando das suas origens, criou uma mística que envolveu e envolve muitos portugueses. Na sua personalidade há muito da alma do português, é um homem que se entrega generosamente à luta e que, nos momentos de vitória, sabia sempre partilhá-la com os seus. Joaquim Agostinho, corredor de fundo, trepador especialmente vocacionado para as grandes batalhas".
Soares Branco desenvolveu assim a sua proposta fixando-se "não só no ciclista mas também na sua personalidade; pois este homem é reconhecido porque superou as suas limitações através do esforço, sustentado em intensidade, espírito de sacrifício, partindo da natureza humana, a que todos nós estamos sujeitos, e criou uma espécie de super-estrutura, uma tensão anímica, atingindo uma dimensão que qualquer homem normal dificilmente atinge".
Foi esta tensão anímica que Soares Branco pretendeu exteriorizar no monumento que concebeu: "tal como Joaquim Agostinho supera a sua natureza, eu procurei superar a imagem de um homem-ciclista, para um homem-ciclista com uma notável faceta humana".
A obra escultórica resulta do trabalho da pedra e do cobre. A bicicleta, que compõe o monumento, tem assinatura de João António, um torneiro da região.
- Autoria: Domingues Soares Branco (1971-2013)
- Data de inauguração: julho de 1988
- Localização: Junto à rotunda que liga a Rua Villenave D'Ornon à Rua António Leal d'Ascensão
- Propriedade: Câmara Municipal de Torres Vedras