Monumento aos combatentes do Ultramar situado em A dos Cunhados
23.08.2024
O monumento aos combatentes do Ultramar situado em A dos Cunhados foi o primeiro dedicado à respetiva temática inaugurado no Concelho. O projeto desse monumento foi oferecido por Victor Ramos, tendo a execução do mesmo ficado a cargo de uma comissão que contou com o apoio da Junta da Freguesia de A dos Cunhados e da Câmara Municipal.
Fizeram parte integrante dessa comissão executiva: Manuel Santos Jorge (combatente em Moçambique), Adriano Miguel Moreira (combatente em Timor), Victor Manuel Vitorino (combatente em Angola), Luís Manuel de Assis (combatente na Guiné), José Maria (combatente em Angola), Francisco Joaquim Vitorino (combatente na Guiné), José Augusto Crispim, Ernesto Domingos Sarreira, António Custódio dos Santos, Luís Filipe Ricardo (combatentes em Angola) e Adelino José.
Segundo é referido no jornal Badaladas, neste monumento pode observar-se “três soldados, representando cada ramo das Forças Armadas portuguesas e ainda uma criança, um negro, representando a África, que vê afagada a sua cabeça pela mão do marinheiro, que, segundo um expedicionário, significa um gesto de Amor. Sobre eles, a bandeira portuguesa.
Para além do bronze, o mármore em tons branco e preto onde se lê ainda os nomes dos cinco filhos da freguesia de A dos Cunhados, mortos na Guerra Colonial e também a frase: “Sem armas, é mais fácil construir a paz”.
Este monumento foi inaugurado numa cerimónia pública solene, a qual foi presidida pelo então Chefe do Estado Maior das Forças Armadas, António Soares Carneiro, tendo na mesma estado também presentes João Carreiro Barbosa, José Augusto de Carvalho e Altino Magalhães, à data, respetivamente, segundo Comandante da Região Militar de Lisboa, presidente da Câmara Municipal e presidente da Direção Central da Liga de Combatentes. Esse ato inaugural foi antecedido de uma missa campal, a que se seguiu um almoço convívio.
Como se pode ler no Boletim Municipal:” (…) este monumento deve ser entendido como uma homenagem a todos os torreenses vítimas da guerra colonial, constituindo simultaneamente um marco a apontar os caminhos da paz”.
“Treze anos de guerra, treze anos de esperança e desilusão pela partida precoce de todos quantos se homenageiam por este País fora!
O soldado Português lutou quando era preciso lutar, e amou quando era possível amar!
Guerra Colonial 1961 a 1974”
(texto extraído do monumento)
Autoria: Victor Ramos
Data de inauguração: 23 de agosto de 1992
Localização: Largo da Cruz, A dos Cunhados