Novas Invasões: Arte e cultura “invadiram” a cidade de Torres Vedras
09.09.2021
A quarta edição do festival Novas Invasões decorreu de 2 a 5 de setembro, na cidade de Torres Vedras. O festival, com uma vasta programação contemporânea e histórica, recebeu cerca de 10 mil visitantes das mais diversas gerações.
O epicentro da iniciativa foi o Mercado Oitocentista, que ocupou o Largo de São Pedro, o Largo Wellington e a Rua Almirante Gago Coutinho. Nestes espaços foram recriados quadros cénicos alusivos à época por grupos de teatro profissionais, grupos de recriação histórica, figurantes e operadores locais.
Um dos pontos altos da quarta edição foi o espetáculo Dreamworld, da companhia Theater Titanick, que teve lugar no Parque do Choupal. Composta por 19 quadros vivos, esta performance envolveu 150 artistas, 26 da referida companhia e 124 de associações locais.
No âmbito da programação contemporânea, foram ainda apresentados os espetáculos In Situ, da Associação Ilú; Uma evocação do clássico, 100 e 200 anos depois, com o Ensemble Inopinatum, da Sociedade Filarmónica Ermegeirense; The Evidence Of The Fragments, da CruzaMenTes - Companhia de Música Teatral e Performativa; Baú das Histórias, do Teorema - Colectivo de Criação Artística; e O Regresso da Norma, da AREPO – Associação de Ópera e Artes Contemporâneas.
A programação estendeu-se até ao Centro de Artes e Criatividade de Torres Vedras, onde decorreu o Festival de Cinema Documental Máscaras e Mascarados, nos dias 3 e 4 de setembro. Este festival de cinema teve como objetivo promover e divulgar o cinema de autor, etnográfico e académico, com filmes sobre os rituais das máscaras, que ainda hoje fazem parte das identidades de comunidades urbanas e rurais.
O Forte de São Vicente recebeu uma instalação artística inspirada na pandemia. O artista Hugo Paquete pegou na descodificação do RNA do SARS-COV-2 e traduziu essa informação para MIDI, que usou para criar a instalação sonora SARS-COV-2 | Sound Analogies and Radical Sonification.
Na Tenda Pedagógica, dinamizada pela Emerge - AC e pela Estufa - Plataforma Cultural, foram desenvolvidas várias atividades ligadas às artes visuais e criativas. A pensar nos mais novos realizou-se, também, o espetáculo de marionetas Quem vai à guerra dá e leva, da companhia A Bolha, bem como algumas oficinas.
No âmbito da programação histórica, decorreram duas visitas guiadas ao centro histórico, duas formações e duas palestras.