• Designação do Projeto: Parque Verde de Póvoa de Penafirme
• Entidade promotora: Município de Torres Vedras
• Objetivo principal: Apoio à transição climática | Resiliência dos territórios face ao risco
• Área de intervenção: 7.127,92m2
• Investimento total: 73.902,85€
• Financiamento comunitário: até 75.000 €
• Programa operacional: COMPETE 2020
• Fundo: REACT EU - Recovery Assistance for Cohesion and the Territories of Europe

Num terreno em desuso situado junto à Urbanização da Oliveirinha, na Póvoa de Penafirme, está a ser criado um parque verde.

De referir que nesse terreno, há alguns anos atrás, existia um elevado número de pinheiros, sendo que o mesmo era utilizado como parque de merendas. Contudo, devido à intempérie de 23 de dezembro de 2009, as árvores existentes no local foram destruídas, ficando este até à atualidade descaracterizado, não obstante a realização de algumas ações de plantação de árvores. 

A intervenção que está a ser levada a cabo, da responsabilidade da Câmara Municipal, passa pela manutenção dos elementos arbóreos existentes, bem como pela plantação de novos, nomeadamente de arbustos, de herbáceas e de 53 árvores autóctones de médio e grande porte, que se destaquem entre si pela sua forma, floração, textura e cor.

O Parque Verde de Póvoa de Penafime organizar-se-á em torno de uma rede de percursos de mobilidade suave, em saibro, exclusivamente pedonal e ciclável. Destacar-se-á no interior do mesmo uma área generosa de relvado, que servirá como espaço multifuncional para estadia e recreio informal, a qual será delimitada por várias árvores. Este parque contará com outras áreas de relvado, e ainda com áreas revestidas com prado de sequeiro.

As zonas situadas junto aos arruamentos envolventes serão compostas por alinhamentos de árvores e por vegetação arbustiva e herbácea, intervalado por espaços para ligações pedonais e cicláveis, os quais se constituirão como entradas formalizadas sempre de nível.

Finalizada a intervenção, a Póvoa de Penafirme passará a ter um espaço verde de excelência, em harmonia com a malha urbana envolvente, que proporcione o convívio e o lazer, potenciando a qualidade de vida nesta localidade da União das Freguesias de A dos Cunhados e Maceira e na zona envolvente. Prevê-se que o mesmo venha a ser utilizado pela população escolar dos estabelecimentos de ensino situados na Póvoa de Penafirme.

Por outro lado, o Parque Verde da Póvoa de Penafirme contribuirá para o aumento da biodiversidade e do espaço permeável nesta localidade, assim como para a redução da poluição, mediante o sequestro de carbono que proporcionará, e para a mitigação dos efeitos das alterações climáticas, nomeadamente das ondas de calor, por meio do arrefecimento do meio ambiente que provocará e da criação de zonas de sombra, constituindo-se como uma solução de base natural (“Nature Based Solution”).

Pretende-se criar um espaço para fruição pública pela comunidade em simbiose com o ecossistema natural, que fomente o bem-estar e a saúde física da população, sendo nesse âmbito de relevar a criação de circuitos de mobilidade suave.

A criação do Parque Verde de Póvoa de Penafirme é financiada pela iniciativa REACT-EU, acrónimo de Recovery Assistance for Cohesion and the Territories of Europe (Assistência de Recuperação para a Coesão e os Territórios da Europa), a qual pretende contribuir para uma recuperação ecológica, digital e resiliente da economia europeia no contexto pós-pandemia. Este mecanismo de financiamento é em Portugal gerido diretamente pelo Programa Operacional Competitividade e Internacionalização (COMPETE 2020).

O Aviso de Concurso a partir do qual foi financiado o projeto insere-se no âmbito do objetivo específico “Apoio à Transição Climática” e na prioridade de investimento “Promoção da recuperação da crise no contexto da pandemia de COVID-19, e respetivas consequências sociais, e preparação de uma recuperação ecológica, digital e resiliente da economia”, visando o apoio a operações de resiliência dos territórios face ao risco, no âmbito da (re)arborização de espaços verdes e criação de ilhas-sombra em meio urbano.

De frisar que o investimento na arborização crescente de espaços verdes e artificializados em meio urbano terá um impacto positivo ao nível da resiliência, sustentabilidade e coesão territorial, sendo fundamental para a transição para uma economia verde e o combate às alterações climáticas.

A concretização desse tipo de intervenção estrutural irá permitir a redução das vulnerabilidades dos territórios, garantindo um modelo de maior sustentabilidade ambiental, restaurando, valorizando e protegendo os espaços de fruição pública, face aos riscos a que a população está sujeita, potenciados pelas alterações climáticas, sendo que a plantação de árvores é a principal forma de combate às ondas de calor, reduzindo custos ambientais, sociais e económicos a longo prazo.