A Temporada Darcos 2022 tem início ainda este mês, com o primeiro concerto marcado para o dia 29 de janeiro. A 15.ª edição da iniciativa organizada pela Câmara Municipal de Torres Vedras e pela Darcos — Associação Cultural foi apresentada esta segunda-feira, 17 de janeiro, no Teatro-Cine de Torres Vedras.

“É uma parceria muitíssimo bem-sucedida, que se tem desenvolvido ao longo destes 15 anos” referiu a presidente da Câmara Municipal, Laura Rodrigues, acrescentando que o projeto “tem sido uma referência do nosso trabalho em termos culturais, que queremos que continue.”

Laura Rodrigues sublinhou que “é muito agradável quando temos referências nacionais e internacionais ao trabalho deste projeto nascido e desenvolvido aqui em Torres Vedras”, adiantando que a Darcos virá a ter uma sede própria na Cidade no decorrer de 2022.

“Ao longo destes 15 anos existiu sempre a intenção de criar proximidade às comunidades” destacou a vereadora da Cultura da Câmara Municipal, Ana Umbelino, sublinhando que as pessoas “são a força e a razão de ser de tudo aquilo que desenvolvemos em termos culturais.”

Afinal, no que toca ao concelho de Torres Vedras, os concertos vão muito além do Teatro-Cine, passando por espaços como o Hotel Dolce Campo Real, o átrio da Câmara Municipal, a Igreja do Centro de Apoio Social de Runa, a Quinta da Almiara e o Centro de Artes e Criatividade.

“O tempo da Fénix”

À semelhança do que tem vindo a acontecer, o programa da Temporada Darcos sai de Torres Vedras, passando por Caldas da Rainha, Oeiras, Porto — estreando-se na Casa da Música — e Lisboa, com destaque para o Coliseu e para o CCB. Mas também passa por Espanha e França. Afinal, desenvolveu Ana Umbelino, “a Temporada é atravessada por uma intenção cosmopolita que tem projectado Torres Vedras fora de portas e criado um sentimento de pertença a um espaço identitário comum.”

“Música na Universidade” é outra das novidades desta edição. Fruto de uma parceria com a Universidade de Lisboa, levará concertos de câmara e sinfónicos a espaços como o Anfiteatro Chimico (Museu Nacional de História Natural e da Ciência) e a Aula Magna da Reitoria.

“Como programador, é contar que todos os anos tenho vários acontecimentos de grande qualidade na área da música clássica” explicou o diretor artístico do Teatro-Cine de Torres Vedras, João Garcia Miguel. Referindo-se à evolução da iniciativa ao longo dos anos, João Garcia Miguel referiu “o crescimento da própria estrutura, a forma como o Nuno [Côrte-Real] tem dirigido o grupo, a quantidade de músicos que nos trouxe e a própria relação com o público.”

O diretor artístico da Temporada Darcos, Nuno Côrte-Real, olha para 2022 como “o tempo da Fénix”, caracterizando-o como um “momento de viragem”. Assim, “continua a nossa vontade e desejo de internacionalização”, levando o Ensemble Darcos a outros países, mas também trazendo músicos internacionais ao país.

Nuno Côrte-Real destacou a vinda de Shlomo Mintz — “um dos maiores violinistas do nosso tempo” —, a parceria com a Vortice Dance Company que dará corpo a uma nova versão do bailado A Sagração da Primavera e o intercâmbio musical com o Ensemble Orquestral Contemporain, que integra a Temporada Cruzada Portugal-França.