Torres Vedras acolheu campus nacional relativo ao programa europeu URBACT
05.11.2024
O URBACT Campus Nacional decorreu nos dias 22 e 23 de outubro em Torres Vedras, mais concretamente no edifício do Centro de Educação Ambiental.
Tratou-se de um evento promovido pelo Secretariado URBACT, que contou, na sua organização, com o apoio da Direção-Geral do Território (DGT) - através do Ponto URBACT Nacional - e do Município de Torres Vedras.
De referir que a realização do URBACT Campus Nacional relaciona-se com a operacionalização do URBACT, um programa europeu de cooperação territorial, de aprendizagem coletiva e troca de experiências em torno da promoção do desenvolvimento urbano sustentável e integrado, no âmbito do qual é financiada a constituição de redes de cidades para o desenvolvimento de soluções comuns em torno de desafios urbanos contemporâneos. As iniciativas desenvolvidas por meio do URBACT são cofinanciadas pela União Europeia, através do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER).
Atualmente o Município encontra-se envolvido no “DIGI-INCLUSION | Leaving no-one behind in a digital world”, um projeto que tem vindo a ser desenvolvido no âmbito do URBACT, sendo liderado por Mollet del Vallés (Espanha) e decorrendo no período temporal de junho de 2023 a dezembro de 2025. A rede constituída por meio do projeto visa combater a exclusão social e potenciar a inclusão digital, não só através do acesso à tecnologia, mas também capacitando para o beneficio das oportunidades oferecidas pelo mundo digital. No decorrer do projeto, o Município tem realizado diversas ações com o seu Urbact Local Group, discutindo com grupos específicos (pessoas com deficiência, seniores e migrantes) as principais barreiras que sentem no acesso ao meio digital e abordando formas de ultrapassá-las. O “DIGI-INCLUSION” tem como output final um Plano de Ação para a Inclusão Digital a nível local, a aplicar nos anos de 2026 e 2027.
Relativamente ao recente URBACT Campus Nacional, é de referir que este teve como objetivos: promover o reforço de competências para a finalização de Planos de Ação Integrados junto dos parceiros participantes; e dotar os mesmos de métodos e ferramentas que possam ajudar a preparar e planear a implementação dos respetivos Planos de Ação Integrados.
O evento, que se constituiu como dois dias de formação intensiva e troca de experiências, foi conduzido pelos peritos URBACT Maria João Rauch e Miguel Sousa, tendo-se destinado aos parceiros nacionais das Redes de Planeamento de Ação URBACT, designadamente: Município de Vila Nova de Cerveira; Município de Machico; Município de Santa Maria da Feira; Laboratório da Paisagem, de Guimarães; Município de Pombal; Associação Quadrilátero Urbano; Município de Braga; Município de Torres Vedras; Comunidade Intermunicipal de Viseu Dão Lafões; Município de Santo Tirso; Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra; Município de Vila Nova de Famalicão; Município de Vila Nova de Poiares; Município de Loulé; Município de Guimarães; Lisboa E-Nova; Município do Fundão; Município de Vila do Conde; Município de Câmara de Lobos; Município de Mangualde; Município de Amarante; e Município de Mértola.
No primeiro dia do recente URBACT Campus Nacional tiveram lugar sessões expositivas alternadas com sessões interativas sobre estratégias metodológicas relacionadas com a elaboração dos Planos de Ação Integrados e a definição de uma estratégia de financiamento para a implementação dos mesmos. Seguidamente, foram realizados exercícios de capacitação com o foco na operacionalização dos Planos de Ação e em manter uma abordagem integrada e participativa aquando da sua implementação. Houve ainda lugar à partilha de experiências entre parceiros, assim como de expectativas para a fase de conclusão dos Planos de Ação e respetiva implementação.
O segundo dia do evento iniciou-se com a intervenção da presidente da Câmara Municipal, Laura Rodrigues, que destacou na ocasião o impacto positivo do URBACT no trabalho do Município, sendo que o mesmo já participou, no âmbito deste programa, em várias redes transnacionais de cidades e vilas.
Seguiu-se uma dinâmica num formato de mesas, num sistema rotativo e em contacto direto, em que os participantes tiveram a oportunidade de conversar com representantes de potenciais financiadores das ações previstas nos seus Planos de Ação, esclarecer dúvidas e conhecer as oportunidades para a obtenção de recursos financeiros.
Nestas rondas, estiveram representantes de entidades gestoras de programas de financiamento, nacionais e europeus, nomeadamente: Agência Nacional de Inovação (ANI); Agência para o Desenvolvimento e Coesão (AD&C); Iniciativa Urbana Europeia (EUI); Estrutura de Missão Portugal Inovação Social; Agência Portuguesa do Ambiente; Direção de Competitividade das Empresas no Turismo de Portugal, I.P.; Gestão do Fundo Ambiental na Secretaria-Geral do Ambiente; Autoridade de Gestão do Programa Regional do Norte (NORTE 2030); Autoridade de Gestão do Programa Regional Centro (CENTRO 2030); e Autoridade de Gestão do Programa Regional Alentejo (ALENTEJO 2030).
O recente URBACT Campus Nacional terminou, na tarde do dia 23 de outubro, com uma dinâmica Climate Fresk, um jogo didático que teve como objetivo alertar os parceiros presentes para a importância de considerarem os impactos das suas ações ao nível ambiental, esperando-se que assim levem em linha de conta nos seus Planos de Ação a questão da Transição Verde.