Entre 26 de setembro e 14 de novembro, o Centro de Educação Ambiental de Torres Vedras acolhe a exposição de Fotografia de José L. Diniz intitulada Maceira Somos Nós.

Território, cultura, espiritualidade e memória são apenas alguns dos aspetos abordados na obra fotográfica de José L. Diniz, compilada no livro Maceira Somos Nós, que mostra semelhanças e diferenças entre lugares e localidades portuguesas que têm em comum o nome 'Maceira', desenvolvendo-se, assim, um instrumento de preservação da memória da atualidade dessas comunidades.

Visando estabelecer relações de identidade entre localidades portuguesas, unidas pelo topónimo que possuem em comum (Maceira), o projeto “Maceira Somos Nós” pretende utilizar a imagem fotográfica como meio de permuta de informação entre comunidades separadas física, cultural e economicamente, umas das outras.

A exposição de autoria de José L. Diniz, é composta por uma mostra de 32 fotografias captadas no âmbito do projeto “Maceira Somos Nós”, que se desenvolve, fundamentalmente, em três dimensões: na primeira, foi explorado o enquadramento biofísico, traduzido pelos diferentes modelados das paisagens de implantação de cada um daqueles locais (desde os que gozam de categoria administrativa de Freguesia, até simples ermos povoados por ruínas), bem como os aspetos ambientais e da biodiversidade local, comuns ou exclusivos, reconhecíveis nos territórios visados; a segunda prende-se com as atividades económicas mais diferenciadoras de cada uma das localidades, nas suas múltiplas vertentes, desde grandes indústrias históricas até atividades de carater artesanal, quando estas constituam casos ímpares, pela sua expressão no contexto regional ou pela sua peculiaridade intrínseca; a terceira diz respeito a caraterísticas socioculturais de cada localidade, as suas especificidades históricas, e organização das respetivas comunidades e relação entre os indivíduos. Para além do Património, as atividades culturais merecem lugar de particular destaque, já que se trata de comunidades maioritariamente rurais ou moderadamente industrializadas (em alguns casos), não raras vezes, conotadas como espaços de deficitária oferta, e produção cultural. Inserem-se ainda, as tradições, corporizadas (ou não) por festejos e celebrações, sejam elas de carater profano ou eminentemente religioso.