Torres Vedras

Festival de Música Antiga apelou à Paz e deu particular visibilidade à cultura portuguesa

01.07.2025

Imagem do concerto realizado na igreja de Monte Redondo

O Festival de Música Antiga de Torres Vedras foi, mais uma vez, um sucesso, que juntou as componentes musical, histórica e social.

A sétima edição deste festival, que decorreu entre os passados dias 25 de maio e 22 de junho, deu uma particular atenção à música portuguesa e à presença lusófona no mundo, tendo, também, feito um apelo à Paz, o que aconteceu logo no seu primeiro concerto, que teve lugar na Igreja do Divino Espírito Santo, em Monte Redondo, em período vespertino.

Levado a cabo pelo coro oestino Ensemble Corteto (que é dirigido pela maestrina torriense Alexandra Neves Fortes) e pelo alaudista Tiago Matias, esse concerto proporcionou música portuguesa dos séculos XVI, XVII e XVIII e música italiana de compositores que influenciaram a cultura nacional, sobretudo no período barroco.

A edição deste ano do Festival de Música Antiga de Torres Vedras prosseguiu com um concerto noturno, realizado à luz das velas, no Palácio da Princesa Maria Benedita, em Runa, no dia 31 de maio, no qual o agrupamento AnimAntiqua transportou para o ambiente musical nacional do século XVI, da corte portuguesa no Brasil e da diáspora portuguesa, e em que a música dialogou com a poesia, por meio da declamação de textos de Camões efetuada pelo ator André Gago. 

O terceiro concerto da edição de 2025 do festival de música antiga torriense aconteceu na tarde do dia 8 de junho, na Capela da Madre de Deus, na Zibreira, e foi dedicado ao génio Johann Sebastian Bach, compositor que é considerado o mais importante do período barroco. Um concerto que foi protagonizado por dois músicos espanhóis, mais concretamente a cravista Anabel Saéz e o gambista Xurxo Varela, que interpretaram as interessantes sonatas para viola da gamba e cravo obligato daquele compositor alemão.

O VII Festival de Música Antiga de Torres Vedras chegou ao seu término na tarde do passado dia 22 de junho, na Igreja de Santa Catarina, na Ribaldeira, com um concerto que remeteu para a aculturação da música portuguesa em contexto de missionação nos séculos XVI e XVII, o qual foi levado a cabo pelo agrupamento Sete Lágrimas. 

De referir que houve intervenções de contextualização dos respetivos espaços nos concertos que se realizaram em igrejas, efetuadas por Joaquim Moedas Duarte.





Para além dos concertos, o festival proporcionou este ano, mais uma vez, um conjunto de atividades complementares, nomeadamente: uma visita noturna ao Palácio da Princesa Maria Benedita, a qual foi dinamizada por Alexandra Ventura, após o referido concerto noturno; um workshop de danças antigas, que decorreu na Azenha de Santa Cruz, na manhã de 7 de junho, dinamizado pelo torriense Carlos Pedro Alves; e um concerto para bebés com música barroca, que se realizou na manhã do dia 14 de junho, no espaço DARCOS, e que foi levado a cabo pelas torrienses Débora Bessa e Susana Quaresma e por André Barroso.

É de sublinhar que a recente edição do Festival de Música Antiga de Torres Vedras não só deu a conhecer o incrível trabalho de agrupamentos de referência, mas também deu visibilidade ao potencial humano do Concelho, convidando agentes culturais locais a apresentarem o seu trabalho.

De relevar igualmente o papel do público, sempre numeroso, que voltou a revelar-se sensível, entusiasta e interessado em descobrir património histórico do Concelho. 

Recorde-se que o Festival de Música Antiga de Torres Vedras é uma organização da Câmara Municipal que contou em 2025 com o apoio das paróquias e das juntas de freguesia do Concelho e a parceria institucional da Antena 2, da Cultur`Canto - Associação Cultural, do Iasfa, do CasRuna e da Associação para a Defesa e Divulgação do Património Cultural de Torres Vedras.

Conforme refere a vereadora da Cultura da Câmara Municipal, Ana Umbelino, acerca do evento, o mesmo “celebra a música e expressa o compromisso do Município de Torres Vedras para com a promoção da democracia cultural, abraçando diversas comunidades e iluminando o património de proximidade de que são detentoras”. 

Última atualização: 01.07.2025 - 19:39 horas
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