Per Arne Glorvigen, originário de Dovre, é considerado um dos mais importantes bandoneonistas da sua geração. Formou-se na Academia de Música da Noruega em 1987, tendo o acordeão como instrumento principal. Viajou, depois, para Paris, onde se tornou aluno do virtuoso bandoneonista argentino Juan José Mosalini.

Após três anos de estudos com Mosalini e várias estadias em Buenos Aires, Glorvigen iniciou sua carreira como profissional. Os seus encontros com figuras lendárias do tango como Astor Piazzolla, Horacio Salgán, Osvaldo Pugliese ou Horacio Ferrer afirmaram-se decisivos para a sedimentação do seu estilo e abordagem aos instrumentos.

Além do tango, Glorvigen sentiu-se tentado a expandir o repertório do bandoneon com música barroca, kletzmer, pop e música contemporânea. Os compositores Willem Jeths (Holanda), Bernd Franke (Alemanha), Luis Naon (França/Argentina) e Henrik Hellstenius compuseram-lhe concertos para bandoneon e orquestra.  Per Arne, entre outros consagrados nomes, tocou com o guitarrista Gøran Søllscher, os violoncelistas Natalie Clein, Tormod Dalen e Nicolas Altstaedt, os quartetos de cordas Apollon Musagète, Leipziger, Maxwell e Alban Berg e as Orquestras Staatskapelle Dresden, Orquestra Sinfônica da BBC, Orquestra Guiseppe Verdi Milano, Orquestra Nacional Russa, Les Solistes de l'Orchestre de Paris e as mais prestigiadas orquestras sinfónicas e de câmara da Escandinávia.

O seu mais importante colaborador foi o violinista Gidon Kremer, com quem gravou quatro discos, dedicados na sua maioria a composições de Piazzolla, e deu centenas de concertos por todo o mundo.

No Festival Acordeões do Mundo 2024, Per Arne Glorvigen apresentar-se-á a solo, num programa muito especial, dedicado a nomes como Piazzolla, Bach ou Grieg, entre outros compositores.