Este é o segundo livro publicado do autor. Surgiu após algum tempo a trabalhar com crianças e constatar que os laços e valores familiares se têm vindo a desvanecer. Várias crianças iam revelando alguma incompreensão e até dor pela forma como os pais tinham muito pouco tempo disponível para brincar e fazer atividades com eles. A família continua a ser a maior base de estabilidade para cada criança e a maior influência do seu desenvolvimento vem sempre dos pais.
Manteve a colaboração com a Olga Neves pela sintonia, pela forma como expressa cada emoção através do lápis e pela alma que confere ao livro em cada ilustração.

O livro “A Raiz da Família” foi pensado para todos.

Para as crianças.

Para que possam entender melhor as emoções que os inundam, para que aprendam a verbalizar essas emoções e saibam decifrar aquilo que estão a sentir. Serve também para que possam perceber melhor o mundo dos “crescidos”, aquilo que eles fazem, a forma como o fazem e o porquê de o fazerem daquela maneira.

Para os “crescidos”.

Para que possam entender melhor as crianças, a forma como eles sentem as coisas e a forma como nos vêem. Para os ajudar a comunicar melhor e para que sintam aquilo que uma criança sente.

Para os pais.

Para que ganhem consciência do impacto que as suas ações têm nos filhos e, essencialmente, para perceber que o mais importante é o tempo que lhes dedicamos.

Para todos.

Porque a mensagem é transversal, porque as ilustrações são autênticas obras de arte, porque os valores familiares continuam a ser a base da formação da personalidade individual e, no fundo, porque a humanidade e o amor devem ter sempre lugar no coração de cada um de nós.

Biografia

“Pai, filho e criança. Contador de histórias. Cresci a ouvi-las do meu avô materno e a ficar deslumbrado com elas, muitas vezes deitados ambos na varanda, nas noites quentes de Verão, numa pequena aldeia de Trás os Montes chamada Santa Eugénia.

Desde pequeno que sou introspetivo e observador o que me permitiu absorver e fixar emoções e sensações na memória, sendo fácil identificá-las e transpô-las para o papel. O mundo das crianças é um mundo mágico e sempre me fascinou a forma como eles o percecionam e entendem. Ver o mundo através dos olhos de uma criança é algo que nunca deveríamos esquecer e manter essa capacidade é o que nos permite manter o contacto com o lado simples, mas mais prazeroso da vida.

Sempre me identifiquei muito com o mundo das crianças, como se uma parte de mim tivesse sempre permanecido na minha infância, o que me impulsiona a escrever por eles e para eles. Em cada livro procuro que seja a criança a falar, porque é a voz dela que deve ser ouvida. Os seus sentimentos, as suas emoções, a sua imaginação e a sua perceção da realidade, tantas vezes distinta daquela que imaginamos ser.”