Agenda
Canto de Outono
Temporada Darcos 2025
11 de outubro de 2025 | sábado
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18h00 às 21h30
Local: Espaço Darcos, Av. Tenente Valadim, 10-B, Torres Vedras
Esta atividade integra o(s) programa Temporada Darcos 2025
Este é um canto a várias mãos.
A um tempo, o lirismo abstrato de Jorge de Sena (1919-1978), Ramos Rosa (1924-2013), Júlio Pomar (1926-2018), Herberto Helder (1930-2015), Ruy Belo (1933-1978) e Al Berto (1948-1997) pela voz inspirada de Vítor d’Andrade. A outro, Helder Marques, com uma seleção dos 24 Prelúdios, op.28, de Frédéric Chopin (1810-1849).
Obra maior da literatura pianística da cultura ocidental, os Prelúdios marcam uma evolução significativa na longa história do género e, de certa forma, orientando os fundamentos e princípios da técnica moderna do piano.
Baseando-se no Das wohltemperierte Clavier [erroneamente traduzido por O Cravo Bem Temperado, visto a palavra alemã “clavier”, no título original, ser um termo genérico para “teclado”] de Johann Sebastian Bach (1685-1750), Chopin seguiu o chamado ciclo das quintas, assim percorrendo as 24 tonalidades maiores e menores da escala cromática.
Foram escritos entre finais de 1838 e princípios de 1839, na Cartuxa de Valldemossa, em Mallorca (Espanha), onde o compositor, que sofria de tuberculose, procurara refúgio face ao inverno rigoroso de Paris.
Foram dedicados a Camille Pleyel (1788-1855), o célebre fabricante de pianos, que gratificou Chopin com a fabulosa quantia de 2 mil francos.
Contrastantes, pela multiplicidade de emoções, texturas e andamentos, entre uma aparente facilidade e um desmesurado virtuosismo, os Prelúdios foram descritos pelo mítico compositor Franz Liszt (1811-86) de forma lapidar, “são composições de ordem inteiramente à parte”, são prelúdios “imbuídos de poesia”, admiráveis pela sua variedade, uma “liberdade de expressão típica das obras de um génio”.
Ouviremos o meditativo Prelúdio n.º 2, o famoso Prelúdio n.º 4 (que viria a ser tocado no funeral do compositor), o profundamente harmónico Prelúdio n.º 9, o Prelúdio n.º 13, invocador do estilo schubertiano, o longo e transcendente Prelúdio n.º 15, chamado Pingo de Chuva, o Prelúdio n.º 17 (o favorito dos compositores Schumann e Mendelssohn), o vertiginosamente virtuoso Prelúdio n.º 18, o Prelúdio n.º 20 e a sua impressionante sucessão de harmonias de pendor cadêncial, e o atormentado Prelúdio n.º 22, chamado de Impaciente.
F. Chopin (1810 – 1849)
24 Prelúdios (seleção)
com poesia de Jorge de Sena, Júlio Pomar,
Herberto Helder, Al Berto, Ramos Rosa e Ruy Belo
Nuno Côrte-Real apresentação
Vítor D’Andrade declamação
Helder Marques piano
Nota: entrada gratuita, mediante inscrições.
Inscrições: brunamoreira.darcos@gmail.com
Organização: Câmara Municipal de Torres Vedras, Teatro-Cine de Torres Vedras e Darcos - Associação Cultural
Atividade Gratuita