Torres Vedras

Agenda

Europa Sinfónica: Berliner Symphoniker (Alemanha)

Temporada Darcos

24 de abril de 2025 | quinta | 21h00

Música Nuno Côrte-Real

Local: Aula Magna da Reitoria da Universidade de Lisboa

Esta atividade integra o(s) programa Temporada Darcos 2025

Considerada como uma das principais orquestras da Alemanha, a Berliner Symphoniker começou a sua atividade em 1967, sendo então denominada Symphonisches Orchester Berlin. Renomeada em 1990, é a primeira vez que atua em Portugal.

Die Zauberflöte [A Flauta Mágica], kv620, é a derradeira ópera de Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791), tendo estreado em Viena, a 30 de setembro de 1791, a escassas semanas da morte do compositor.
Conta a história de 2 príncipes apaixonados, Tamino e Pamina, que triunfam sobre os tremendos obstáculos que lhes são colocados, por entre cerimoniais iniciáticos, simbologia esotérica (o número 3) e magia infantil, da autoria de Emanuel Schikaneder (1751-1812).

Graças a Mozart e à variedade de soluções musicais convocada, a ópera revela uma coerência dramática espantosa. A Abertura, hoje em concerto, consiste na fórmula musical ABAB, em que A corresponde a um solene Adagio, três acordes ascendentes (o número 3 e a sua simbologia) e B a um Allegro fugato, demonstração da perícia contrapontística mozartiana, a que se vem juntar um sinuoso tema secundário, no oboé e flauta.

Sinfonia 2022, de Nuno Côrte-Real (n. 1971), resulta de uma encomenda do Teatro Nacional de São Carlos, aí tendo estreado a 13 de janeiro de 2023, pela Orquestra Sinfónica Portuguesa, dirigida pelo compositor.
Obra de carácter “sombrio, tétrico e ominoso”, nas palavras de Côrte-Real, é uma “visão pessoal e espiritual” sobre a indefinição violenta que fustiga a civilização, sem abdicar da sua imagética plena de ironia.
O 10 andamento apresenta um ostinato que nos suga para um vortex, o 20, de pendor mahleriano, o 30 andamento, um fado, momento de leveza dolente face à complexidade da vida, e um 40 andamento, uma marcha grotesca rumo à destruição total.

Concluída em finais de 1876, após um longo processo criativo de mais de 20 anos, a Sinfonia n.0 1, em Dó menor, op. 68, de Johannes Brahms (1833-1897) estreou a 4 de novembro de 1876, no Großherzogliche Hoftheater de Karlsruhe, sob direção de Felix Otto Dessoff (1835-92).
À época, Brahms era encarado como o herdeiro de Beethoven (1770-1827) e da tradição sinfónica germânica, por oposição à música do futuro (a progressiva dissolução da forma e da harmonia tradicional) de Liszt (1811- 86) e Wagner (1813-83).

De arquitetura musical sólida, a sinfonia assenta numa série de quadros sonoros contrastantes, de subtilezas rítmicas, cores e planos sonoros originais, partindo da habilidade de Brahms para trabalhar os temas melódicos.
O 10 e 40 andamento complementam-se: a tensão e inquietude iniciais dão lugar ao otimismo heroico do último. O 20 andamento é de carácter intimista e bucólico, ao passo que o 30 andamento, o scherzo com ecos do imaginário pastoril campestre qual caminhante pelo campo.

W. A. Mozart (1756 – 1791)
Abertura da ópera A flauta mágica

N. Côrte-Real (n. 1971)
Sinfonia 2022

I. In search of darkness
II. Song of death
III. Fado (apocalyptic song)
IV. Nuclear marching band

J. Brahms (1833 – 1897)
Sinfonia N0 1, em Dó menor, op. 68

I. Un poco sostenuto - Allegro
II. Andante sostenuto
III. Un poco allegretto e graciozo
IV. Adagio - Più andante - Allegro non troppo,
ma con brio - Più allegro

 

Nuno Côrte-Real direção musical

BERLINER SYMPHONIKE

Organização: Câmara Municipal de Torres Vedras, Teatro-Cine de Torres Vedras e Darcos -  Associação Cultural


Atividade Gratuita


Última atualização: 19.02.2025 - 15:52 horas
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